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MOSSORÓ
Da redação
19/07/2018 12:38
Atualizado
13/12/2018 14:02

Grupo Itagres quer pagar dívida de R$ 77,6 milhões com o BNB em 15 anos e com 75% de desconto

Quer também que a primeira parcela só seja cobrada depois de três anos que o acordo for fechado; O BNB não aceitou a “proposta” e a Itagres termina tendo que decretar falência.
A proposta da Itagres apresentada terça-feira, 17, na cidade de Tubarão, em Santa Catarina (SC), para quitar a dívida de R$ 77.636.706,35 ao Banco do Nordeste do Brasil, é um insulto à inteligência humana e um assalto aos cofres públicos.

Os mais de R$ 70 milhões foram emprestados ao grupo Itagrês para construir a Porcellanai, em Mossoró, com juros baixos, em meados de 2002. O mesmo grupo conseguiu isenção fiscal por um período de 10 anos, terreno, acesso asfaltado, água, luz e gás natural na porta.

Neste mesmo período que estava sendo construída e os equipamentos sendo comprados, o site do Tribunal Superior Eleitoral registrou doações valores milionários a várias campanhas políticas no Rio Grande do Norte, entre as quais da atual prefeita Rosalba Ciarlini.

Mesmo com todos os benefícios, a Porcelanati passou 10 anos para ser concluída e quando isto aconteceu, funcionou pouco tempo. Fechou, deixando um rombo gigantesco no comércio local, não pagou aos servidores e menos ainda ao empréstimo milionário no BNB.

O Grupo Itagres foi trazido para Mossoró pela família Rosado com a promessa de oferecer empregos à população. Como senadora, Rosalba Ciarlini Rosado e seu então Aliado José Agripino Maia conseguiram agilizar empréstimos os benefícios fiscais.

Como governadora, Rosalba assegurou também o acesso a Porcelanati, que custou aos cofres públicos mais R$ 575 mil. No dia 4 deste mês, o grupo Itagrês esteve novamente com Rosalba Ciarlini, agora prefeita de Mossoró, prometendo reabrir a Porcellanati e gerar 500 empregos.

Para reabrir a Porcellanati, o Grupo Itagres contratou a empresa Innovare Administradora em Recuperação e Falência SS. Na reunião com Rosalba Ciarlini, anunciaram investimento na ordem de R$ 13 milhões para colocar as máquinas da fábrica em funcionamento em dezembro. 

Em outra ponta, era preciso que os credores, entre eles o BNB, aprovassem o plano de recuperação da Itagres e consequentemente da Porcellanati. O Grupo Itagres deve aproximadamente R$ 300 milhões, sendo que pelo menos 200 referentes a Porcellanati.

Para pagar ao banco, a Itagres propôs que o BNB concedesse um desconto de R$ 75% e 3 anos para pagar a primeira parcela do restante do dinheiro, e isto dividido em 180 parcelas (15 anos). O BNB considerou o desconto muito expressivo e não aceitou.

A proposta parecida está sendo apresentada aos outros credores da Itagres, que também dando demonstrações que não vão aceitar. Caminhando nesse ritmo, os advogados da Itagres declararam a jornais de Mossoró o que grupo pode decretar falência e não mais abrir a Porcellanati em dezembro, como foi prometido no dia 14 de janeiro deste ano.

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