Uma história de sobrevivência que contraria até as leis da medicina e digna de um filme de ficção. O menino Rian Santos Silva, de apenas 8 anos, teve parte do cérebro perfurado por um espeto de churrasco. O caso aconteceu no último dia 22 de julho na cidade de Santa Luzia, sul da Bahia.
Um dos protagonistas que possibilitou o final feliz dessa história é o médico neurocirurgião mossoroense Iogo Henrique de Oliveira Araújo, formado na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). O procedimento da retirada do espeto da cabeça do menino foi realizado por Iogo Araújo e pelo também neurocirurgião Jean Claude Bonfim, no Hospital Manoel Novaes, em Itabuna.
Foram três horas de cirurgia realizada pelos dois médicos, que retiraram 12,5 centímetros do espeto da cabeça do garoto. O menino Rian quase não apresenta sequelas. Anda, fala, escreve, faz tudo normalmente. A pálbebra do olho direito sofreu uma lesão, mas que segundo os médicos, pode retomar os movimentos.
Em entrevista ao Fantástico, em reportagem exibida neste domingo, 29, Iogo Araújo afirmou: "Nos surpreende essa criança ter chegado viva até a gente, para fazer o tratamento e ela sair bem", afirmou.
"Eu tava indo pra casa guardar o espeto, e aí pisei no meio fio, meu pé escorregou e eu caí, eu levantei já estava no meu olho", explicou o menino Rian à reportagem, ressaltando que não sentiu dor em momento algum. "Ele poderia ter ido a óbito de imediato, não acordar mais, ou completamente dependente de aparelho para manter os sinais vitais", afirmou Iogo.
Os dois médicos destacaram que se alguém tivesse puxado o objeto do olho do garoto ele poderia ter morrido na hora. "Era óbito imediato se puxasse", disse Iogo.
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