19 ABR 2024 | ATUALIZADO 10:48
MOSSORÓ
Da redação
06/08/2018 10:02
Atualizado
14/12/2018 09:11

[VÍDEO] "A gente está entregue às baratas", diz moradora do Conjunto Maria Odete, em Mossoró

Moradores reclamam do transporte público insuficiente, falta de posto de saúde e creche/escola. A falta de segurança também é uma reclamação de quem reside no conjunto, localizado na zona leste da cidade.
Transporte público insuficiente, falta de muros nas residências, falta de posto de saúde e até creche/escola. Essa foi a situação encontrada pela equipe do MOSSORÓ HOJE ao visitar, na semana passada, o Conjunto Maria Odete Rosado, entregue aos moradores no final de 2017 pela Prefeitura Municipal e Caixa Econômica Federal.

Os moradores afirmam que vivem situação complicada. Um dos problemas, segundo eles, é a ausência de transporte público suficiente para a demanda. A dona de casa Elizabete Ferreira relatou que os ônibus passam poucas vezes no conjunto impossibilitando quem precisa ir ao Centro da cidade, por exemplo, para resolver algo urgente. O Maria Odete, conjunto construído em parceria com a Caixa Econômica Federal, fica depois do Alto da Pelonha e Vingt Rosado, na zona leste da cidade.

"É muito distante, não tem nem como ir a pé, e quando foi entregue foi prometido o transporte, só tem duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde (o útlimo é às 18h30), o resto do dia tem que ficar lá pela rua, se não tiver parente tem que ficar no ponto de ônibus, ou ter dinheiro para pegar lotação", explicou Elizabete Ferreira.

Já a moradora Ugnali Queiroz afirma que sofre bastante com a falta de um posto de saúde no conjunto. Ela conta tem que um filho pequeno que tem asma. "A gente está aqui entregue às baratas, nós aqui estamos todos desempregados porque não tem um transporte, se arrumar um emprego não tem como ir e se sair a gente pode chegar e encontrar nossa casa arrombada", declarou a moradora.

Francisco Assis, que também mora no conjunto desde a entrega, reclamou da falta de segurança. As janelas das casas são de vidro. "Qual a segurança que tem uma janela dessa? Os cabas já quebram as de pau à bala imagine as de vidro, e deviam ter feito pelo menos a metade do muro", reclamou.

O morador relata também a dificuldade diante do transporte coletivo. Segundo ele, até empresas de gás e taxistas se recusaram a ir ao conjunto porque é inseguro. "Uma vez liguei para seis depósitos de gás nenhum me deu um sim, só disseram não, disseram que era arriscado, com medo de assalto. Um dia desse eu liguei para o Uber para levar meu bichinho para a UPA do Alto de São Manoel nenhum veio, minha sorte é que Paulinho ainda morava aqui e o genro dele ia chegando e disse levo agora, se for caso de morrer, morre em casa", relatou Seu Assis.

Veja entrevista com os moradores do Conjunto Maria Odete:

 

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