28 MAR 2024 | ATUALIZADO 15:06
POLÍCIA
Da redação
22/08/2018 12:51
Atualizado
14/12/2018 05:34

Professora vítima de 12 tesouradas pede para soltar ex-marido agressor alegando insanidade mental

O juiz Vagnos Kelly decidiu no processo pela liberdade do Genildo já que para ele, a professora Márcia é "esclarecida e que conhece bem o réu por ter convivido com ele maritalmente"
Arquivo
A professora Marcia Regina Fernandes Lopes, vítima de pelo menos 12 golpes de tesouras pelo ex-companheiro Genildo Duarte, na manhã de 25 de março deste ano, pediu a revogação da prisão do acusado.

Márcia Regina disse que o ex-companheiro está precisando de tratamento psiquiátrico. No trecho do pedido ela diz que "declara para os devidos fins de direito que não tenho qualquer medo, receio, nem em momento algum sinto-me ameaçada pelo meu ex-compaheiro Genildo Duarte (...), pelo que a sua liberdade não irá trazer qualquer tipo de apreensão a minha pessoa, apesar do ocorrido, vejo que ele necessita de tratamento psiquiátrico urgentemente, onde fará junto a família, que providenciará todas as medidas cabíveis, para a restauração de sua saúde".

Genildo, que é servidor público, graduado em Geografia e bacharel em direito apresentou-se na delegacia dois dias depois do crime acompanhado de seu advogado Francisco Galdino de Andrade Neto. No local, ele recebeu voz de prisão.

Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Estadual em Mossoró. O documento foi assinado pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, da 1a Vara Criminal.

Desde então, Genildo estava preso preventivamente na intenção de preservar a vida da professora, que se manifestou e disse que a soltura dele não iria trazer risco. Ou seja, ela garantiu não ter qualquer problema sua segurança, mesmo com Genildo solto.

Diante da posição da ex-companheira, há possibilidade do Genildo não ir sequer a julgamento, visto que o advogado pode alegar a sua insanidade mental. No entanto, o  Ministério Público já opinou desfavoravelmente, o que certamente será um aspecto a ser considerado neste processo.

O juiz Vagnos Kelly decidiu no processo pela liberdade do Genildo já que  para ele, a professora  por ser "esclarecida e que conhece bem o réu por ter convivido com ele maritalmente, tendo ela afirmado que ele não oferece nenhuma ameaça a sua pessoa, resta evidente, neste momento, que não mais subsiste o motivo que levou este juízo a decretar a sua prisão"
 
O caso
O ataque de Genildo Duarte, que vitimou Márcia Regina aconteceu dentro do apartamento que o casal mora no Condomínio Carlitos Maia, em março no bairro Nova Betânia, em Mossoró. A vítima foi socorrida pelos vizinhos e SAMU para o Hospital Tarcísio Maia.

Após perfurar a mulher com pelo menos 12 vezes, Genildo Duarte tranquilamente guardou a tesoura e a faca no armário. Depois trancou a porta, quebrou o trinco para evitar que os vizinhos a ajudasse e fugiu pela escadas do prédio do Condomínio Carlito Maia.

Ele abandonou seu carro ( um Evoque) nas imediações do condomínio Quintas do Lago, porém a polícia não foi ao local apreender o veículo até à noite do domingo. O MOSSORÓ HOJE foi informado, na época, que familiares de Genildo Duarte foram lá buscar o veículo e o guardaram. 

Enquanto isto, no hospital, Márcia Regina passou por várias cirurgias, especialmente na região do pescoço. Para retira-la de dentro do apartamento e socorrê-la, os moradores do prédio tiveram que derrubar a porta, que Genildo Duarte havia trancado e quebrado o trinco.

 

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