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POLÍCIA
Da redação
29/08/2018 09:03
Atualizado
14/12/2018 08:24

Réu pega 18 anos e oito meses de prisão por matar gari e atirar no colega dele em Mossoró

Júri Popular aconteceu nesta quarta-feira (29), no Fórum Municipal; Abdiel foi condenado por matar a tiros Lucas Serafim Saraiva, 18 anos, e ferir o colega dele Reginaldo Aquino, em agosto de 2016
Cezar Alves
O Júri Popular condenou nesta quarta-feira (29), o réu Abdiel da Silva Domiciano a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. O réu está preso em Caraúbas-RN.

Abdiel foi condenado por matar a tiros o gari Lucas Serafim Saraiva, de 18 anos (foto à direita), e tentar matar Reginaldo Aquino da Silva Júnior, 23 anos, no dia 31 de agosto de 2016, no bairro Santo Antônio, zona norte de Mossoró.

Os dois garis estavam trabalhando quando foram alvo do ataque a tiros. Lucas morreu ao entrada na UPA e Reginaldo foi baleado três vezes na cabeça em seguida socorrido pelo SAMU para o Hospital Regional Tarcísio Maia. Apesar da gravidade dos ferimentos, Reginaldo sobreviveu e se transformou em vitima-testemunha chave do processo.

O promotor Ítalo Moreira Martins pediu a condenação do réu por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. Ele justificou que o réu matou a vítima e tentou matar o outro devido ao fato de Reginaldo ter namorado uma ex mulher dele. "Ele matou outra pessoa pelo mesmo motivo", diz Ìtalo Moreira.

O defensor público Diego Melo pediu a retirada das qualificadoras do crime. Disse que a condenação tem que ser atendendo aos parâmetros previsto na legislação penal, para que seja justa.

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Em sua fala, Ítalo Moreira lembrou que Abdiel é acusado de outro homicídio que tem como motivação ciúmes. Abdiel teria matado outro homem porque ele se relacionou com sua ex-companheira. Este caso deve ir a julgamento ainda esta pauta do Tribunal do Júri, que vai até o dia 6 próximo.

Esta teria sido a mesma motivação para o homicídio de Lucas Serafim. No entanto, o gari foi morto por engano. Já que o alvo dos tiros seria Reginaldo Aquino, que sobreviveu aos disparos. Em juízo, Reginaldo confirmou que teve um relacionamento com a ex-esposa de Abdiel.

O réu negou ter efetuado os disparos que mataram Lucas Serafim e que também vitimaram Reginaldo. Afirmou que apenas pilotou a motocicleta para o seu amigo Klebson matar Reginaldo. Klebson morreu em confronto com a polícia após assalto a uma escola em setembro de 2016.

Após explanação de defesa e MP, o Conselho de Sentença, formada por sete pessoas da sociedade, acatou a tese do Ministério Público e condenou o réu.

Abdiel está detido na Cadeia Pública de Caraúbas e com a sentença de hoje devem começar os procedimentos para sua transferência para um presídio estadual, que pode ser a Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró, ou o Presídio Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal.

Abdiel Domiciano aguarda julgamento por outros crimes, sendo três homicídios, assalto e receptação. Entre esses crimes está a chacina do "baile de favela", como ficou conhecida. A matança ocorreu em março no bairro Boa Vista, em Mossoró. Cinco pessoas foram executadas a tiros durante a festa funk.

O júri popular em Mossoró é presidido pelo juiz Vagnos Kelly de Medeiros Figueiredo. Este é o terceiro julgamento do ciclo de júri popular, que começou na segunda (27). A pauta segue até dia 6 de setembro. Ao todo, 10 réus serão julgados por crimes contra a vida.

No depoimento, o réu negou o crime; já a vítima Reginaldo Aquino contou sua versão do fato:


Promotor Ítalo Moreira formula denúncia contra o réu; veja:

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