25 ABR 2024 | ATUALIZADO 09:49
POLÍCIA
Da redação
30/08/2018 10:06
Atualizado
13/12/2018 10:03

Em Apodi, júri popular é marcado por bate boca entre promotor e advogado; veja vídeo

O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (29), no Fórum de Apodi. Ao final, o réu Isac Sousa foi condenado por estupro, tentativa de homicídio, ameaça, desacato e resistência à prisão
O Tribunal do Júri Popular condenou nesta quarta-feira (29) o réu Isac Almeida Pereira Sousa a 12 anos e três meses de prisão no regime fechado pelos crimes de estupro, tentativa de homicídio qualificado, ameaça, desacato e resistência à prisão.

O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Newton Pinto, em Apodi. O que ninguém esperava é que a ocasião fosse marcada por intensa discussão entre o promotor de justiça Roberto César Lemos de Sá Cruz e o advogado Darwin Wamberto Barbosa Sales.

Em vídeo gravado pela plateia, os dois discutem. "Vossa excelência está desrespeitando [não audível], está desrespeitando inclusive aqui a defesa", afirmou o advogado Darwin Sales.

"Ou o senhor não sabe processo penal ou não conhece [...] O senhor é que não teve respeito algum, portanto perdeu o meu respeito quando o senhor está com falácias", disparou o membro do Ministério Público.

O advogado Darwin Sales informou que comunicará o fato à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseccional Mossoró para a tomada de providências.



A DENÚNCIA
Isac Almeida Pereira Sousa foi condenado por tentar matar, estuprar e ameaçar uma mulher (nome preservado) na manhã do dia  23 de dezembro de 2017, na residência da vítima, localizada no bairro Caic, região periférica da cidade.

Conforme os autos, o réu foi até a casa da vítima, por volta das 6h, e tentou mata-la com socos, pontapés e por estrangulamento. O motivo seria porque ela teria pegado uma quantidade de droga que seria de propriedade dele. Na casa, o réu também ameaçou a mulher com uma faca e a estuprou.

Durante os espancamentos, a vítima foi socorrida por vizinhos, que a levaram para o hospital municipal. Não satisfeito, o réu foi até a unidade hospitalar. Foi impedido de entrar pelos funcionários, que acionaram a polícia. Ainda no local, o réu desacatou os militares e ao receber voz de prisão desferiu um soco no rosto de um dos PMs.

Após explanações do MPRN e defesa, o Conselho de Sentença se reuniu e decidiu pela condenação do réu. O juiz Eduardo Neri Negreiros aplicou a pena.

O réu estava detido no Centro de Detenção Provisória de Apodi. Com a sentença, o juiz Eduardo Neri Negreiros enviou ofício à Administração Penitenciária do Estado solicitando uma vaga no regime fechado para o condenado.

Sentença na íntegra AQUI
 

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