19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
Da redação
06/09/2018 04:53
Atualizado
14/12/2018 08:48

Pistoleiro que matou vereador Manoel Botinha por R$ 15 mil em Assu tem júri adiado em Mossoró

Os mandantes deste assassinados já foram julgados e pegaram penas que foi de 25 anos e 4 meses a 30 anos e 8 meses de prisão; estão todos presos; na próxima semana serão julgados mais dois acusados
Nesta quinta-feira, 6, seria realizado o julgamento do pistoleiro José Roberto Nascimento da Silva, conhecido por Feitosa ou Junior Aleijado, de 39 anos, acusado de matar o vereador Manoel Ferreira Targino, o Botinha, e de tentativa de homicidio contra o mecânico Francisco Adriano Bezerra, o Biano, de Assu, por R$ 15 mil reais.

Feitosa está preso em Alcaçuz e seria transportado nesta quinta-feira, 6, para ser julgado no Fórum Municipal de Mossoró. Entretanto, o promotor de Justiça Armano Lúcio Ribeiro adoeceu e comunicou ao juiz Vagnos Kelly que não ia poder atuar no Juri Popular desta quinta-feira.

Diante dos fatos, o juiz Vagnos Kelly passou a comunicar as partes. Conseguiu falar com o sistema prisional, que suspendeu a viagem de Nízia Floresta para Mossoró com o preso Feitosa. Os advogados do preso, que são de Natal, também foram avisados.

Já os jurados, não foi possível avisar a todos. Na manhã desta quinta-feira, 6, todos os jurados compareceram, sendo necessário o juiz presidente do Tribunal do Júri confeccionar a Ata do Tribunal do Júri, encerrando, assim esta pauta de julgamentos. Na ocasião, haverá um café da manhã aos presentes.

Os julgamentos no Tribunal de Júri Popular retornam no próximo dia 12. E já retorna julgando mais acusados de matar o vereador Manoel Botinha. No dia 12 será julgado Valdete Veríssimo de Melo e no dia 13 será Jalisson Veríssimo de Melo. Os dois já são condenados por outros crimes.

O vereador Manoel Botinha (foto abaixo) foi assassinado no dia o dia 22 de abril de 2015, na Oficina Canaã, tendo ocorrido ainda, na mesma ocasião, a tentativa de homicidio contra a vida do mecânico Francisco Adriano Bezerra, o Biano (Veja abaixo o que originou o assassinato do vereador).



O julgamento de José Roberto da Silva, o Feitosa, deve ficar para o final da pauta.

Veja nomes de todos os acusados:

1 - José Roberto Nascimento da Silva, o Feitosa ou Junior Aleijado, de 39 anos, motorista, natural de Ceara Mirim.
2 - Itamar Veríssimo de Melo, de 43 anos, comerciante, natural de Macau. (condenado 30 anos e 8 meses de prisão)
3 - Welber Veríssimo de Melo, o Ebinho, de 35 anos, agricultor, natural de Assu.
4 - Jalisson Wagner Veríssimo de Melo, o Jalin, de 26 anos, natural de Macau, agricultor
5 - Valdete Veríssimo de Melo, o Negão, está foragido.
6 - Douglas Daniel Morais de Melo, de 22 anos, estudante, natural de Assu; (Condenado 25 anos e 4 meses de prisão)
7 - Joelma de Morais Ferreira, de 40 anos, comerciante, natural de Ipanguaçu (condenada 28 anos e 8 meses de prisão)

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Crimes de vingança deixam rastro de sangue pelo Vale do Açu

Toda intriga que terminou com o assassinato de Manoel Botinha e a tentativa de homicídio contra Biano, segundo relata o Ministério Público Estadual, havia começado em 2013, com a inimizade entre Tassio Morais (casado com Cláudia dos Santos) e genro João Batista Ferreira Braz, o Torinho, que é irmão de Manoel Botinha e Claudete Santos. Torinho era padrasto da mulher de Tassio Morais.

Tassio é sobrinho de Joelma Morais Ferreira, casada com Genésio Veríssimo. Naquele ano de 2013, Tassio Morais, após uma discussão, atirou com balins em Torinho e terminou acertando a sogra dele, Claudete Santos.

Por este fato, Torinho teria contratado os pistoleiros Jefferson Lourenço da Fonseca Lemos e Marcelo Pereira de Sousa, o Negão, para matar Tassio Morais.

Tassio Morais terminou executado a tiros na zona rural do Alto do Rodrigues no dia 24 de julho de 2014.

Daí a família de Tobias Morais, que é irmão de Joelma Morais se uniram à família Veríssimo para contratar os pistoleiros Francisco Paulino da Silva Junior, o “Fabinho ou mal de Duzentos” (morto em confronto com a polícia durante a “Operação Abril Despedaçado”), para matar Torinho, como vingança pela morte de Tassio Morais, que havia ocorrido na zona rural do Alto do Rodrigues.

Torinho terminou assassinado no dia 28 de setembro de 2014, quando assistia TV, em sua residência, na localidade de Arapuá, no município de Ipanguaçu. Depois deste crime, no dia 17 de fevereiro de 2015, Genésio Veríssimo foi assassinado com tiros de doze, em Itajá/RN, onde morava.

Os irmãos Veríssimo passaram a acreditar que Manoel Botinha e o filho Evanoel Ferreira Targino (irmão e sobrinho de Torinho) haviam contratado pistoleiros para matar Genésio Veríssimo, como vingança pelo assassinato de Tourinho, tempos antes na localidade de Arapuá, em Ipanguaçu.

É quando Itamar Veríssimo, Valdete Veríssimo de Melo, o Negão, Welber Veríssimo de Melo, o Ebinho; Jalisson Wagner Veríssimo de Melo, o Jalin; Douglas Daniel Morais de Melo e Joelma de Morais Ferreira, teriam passado a planejar o assassinato de Manoel Botinha e Evanoel.

Manoel Botinha foi avisado pelo ex-prefeito de Itajá Licélio Jackson Guimarães, e também por um ex-vereador daquela cidade, Max Blênio Medeiros da Silva, que os irmãos Veríssimo estavam planejando matar ele e o filho, Evanoel Ferreira.

Manoel Botinha, então, se reuniu com Itamar Veríssimo para dizer que não matou Genésio Veríssimo. Desta reunião, Itamar teria dito a Botinha que da parte dele poderia ficar tranquilo, pois não iria matar ele e nem o filho, porém não respondia pelos irmãos.

Após isto, a família Verissimo teria se reunido várias outras vezes com o objetivo de definir como se vingar do assassinato de Genésio Veríssimo, matando Manoel Botinha e o filho dele Evanoel Ferreira.

Diante do que foi decidido, segundo relata o MP/RN, Itamar, Ebinho e Negão, por intermédio do conhecido pistoleiro Sérgio Tavares dos Santos, contrataram, em Natal, contrataram o pistoleiro José Roberto Nascimento da Silva, o Feitosa (foto à direita), para consumar a vingança.

Sérgio Tavares teria recebido R$ 2,5 mil por intermediar a contratação do pistoleiro Feitosa, por R$ 15 mil.

Com o pistoleiro contratado, começaram a levantar os recursos para custear a vingança.

Joelma e Douglas entregaram o caminhão F.4000 para Ebinho vender, no dia 5 de março de 2015, por R$ 50 mil com a ideia fixa de custear a vingança do assassinato de Genésio Veríssimo, matando Manoel Botinha.

Após vender o F.4000, Jalin e Negão pagaram os R$ 15 mil a Feitosa, e, juntos, passaram a estudar a melhor forma de matar Manoel Botinha, o que terminou acontecendo no dia 22 de abril de 2015, na Oficina Canaã, tendo ocorrido ainda a tentativa de homicidio contra a vida do mecânico Biano.


O assassinato de Manoel Botinha

Jalin pilotou a moto para Feitosa se aproximar e cometer o crime e depois fugir. Outros dois carros, com os irmãos Veríssimo, teriam sido vistos nos arredores dando cobertura a ação dos pistoleiros, para agir, caso necessário ou acontecesse qualquer eventualidade. No ato, o pistoleiro Feitosa teria apontado a arma para Botinha e avisado que ele iria morrer. Apertou o gatilho, mas não disparou. Daí Biano gritou: "É brincadeira?", despertando atenção do pistoleiro para si. Sofreu dois tiros. Depois o matador se virou para Botinha o executou com 8 tiros.

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