O cenário dentro do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró/RN, é chocante. Provoca revolta. Deixa qualquer cidadão indignado. Qualquer cidadão, menos um grupo de pessoas (a imensa maioria) que só vai exigir e cobrar o direito básico a vida do poder público quando estiver precisando para si ou para alguém próximo.
Este tipo de gente quando ver o servidor público reclamando (greve) salários atrasados e péssimas condições de trabalho os taxa de bandidos, de sindicalista vagabundo, de petistas, de esquerdistas, de mercenários, de sanguinários, de irresponsáveis, enfim, os condena ao purgatório.
Ao invés de reforçar a luta por estrutura de saúde, educação ou segurança vai é tomar cerveja com os amigos, vestindo camisa da seleção brasileira no bar da esquina ou na praia, momento que aproveita para arrotar adjetivos impronunciáveis contra aqueles que brigam para melhorar a estrutura ele próprio precisa.
A questão central neste caso de Maria Feliciana da Silva, de 84 anos, que precisa de uma cirurgia vascular urgente, não foi gerada pela falta de prestação de serviços ou de estrutura adequada para este tipo de atendimento geriátrico no Hospital Regional Tarcísio Maia. É muito mais grave do que isto.
São dezenas, centenas pacientes idosos que são jogados nos corredores deste hospital de emergência e urgência, todos os meses. Tem sido assim há décadas, sem que nossa sociedade tenha se mobilizado para forçar as autoridades constituídas a construir um hospital geriátrico em Mossoró e outro em Natal.
O Hospital Tarcísio Maia, como é de conhecimento de todos, têm bactérias super-resistentes, e levar um idoso, já com a imunidade baixa, para ser atendido lá, é correr um risco muito alto de contaminação bacteriana hospitalar e leva-lo a morte. Por sinal, isto acontece até com jovens que tem imunidade boa, imagina com idosos já debilitados.
Dona Maria Feliciana não era nem para está neste hospital, assim como todos os outros idosos que lá vão pedir socorro pela vida. Era para ter um hospital geriátrico, com equipamentos e estrutura adequados, profissionais treinados para atender os idosos, enfim, um ambiente sadio, especialmente preparado para atender nossos sábios avôs.
Volto a dizer: a grande maioria da população é egoísta, individualista, irresponsável, acomodada, acredita que vai acontecer com todos e menos com ele, acredita que vai aparecer um super-homem para resolver tudo e não mobiliza, não fiscaliza e nem cobra do Poder Público nem o básico de serviços de saúde.
Isto é o que me deixa chocado, revoltado e indignado!
Bom domingo!