29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
MOSSORÓ
Da redação
13/09/2018 14:48
Atualizado
14/12/2018 05:00

"Machismo": Supostas conversas entre estudantes da UnP sobre colegas de sala causam constrangimento

Por meio de redes sociais, alunas compartilham prints das conversas, atribuídas a estudantes do curso de Direito em um grupo de WhatsApp; Em nota enviada ao MOSSORÓ HOJE, UNP informa que está apurando o caso
Estudantes da Universidade Potiguar (UnP), em Mossoró, tornaram público nesta quarta-feira (12), uma denúncia grave a respeito de ato de machismo, supostamente, praticado por graduandos do curso de Direito.  A aluna Raadna Karine, de 19 anos, compartilhou o fato em suas redes sociais e horas depois o assunto ganhou grande repercussão.

Conforme a publicação da estudante, “acontece que os #machosescrotos da turma resolveram através de um grupo do WhatsApp expor as meninas da sala de forma indigna, desrespeitosa e humilhante, fazendo comentários sobre suas idades, aparência, quem eles queriam “pegar” ou “não pegar” utilizando-se de termos totalmente vexatórios constrangedores e ainda fazendo apologia ao estupro”.

Ao MOSSORÓ HOJE, Raadna Karine disse: “Nós, alunas do 2TA, esperamos que as medidas sejam tomadas e que as pessoas possam refletir  sobre o preconceito que, muitas vezes, passa por despercebido”.

As imagens mostram ainda que um dos integrantes do grupo adverte os demais sobre a forma como se referiram às mulheres: "Só um pedido, na moral, usar esses termos de comer, arrochar, pegando e tal quando se referem a alguma menina não é legal e nem justo, pq mulher não é objeto ou comida. Sem querer ser chato ou algo do tipo, mas é bom a gente ter essa consciência, na boa mesmo".

Os prints, publicados pela jovem, mostram mensagens como:
"A gente diz as meninas que é só uma confraternização, taca catuada em todo mundo"
"Rapaz tem uma lá que anda com um viado, se ela vacilar eu toru no mei"
"To doido pra torar uma novinha, pode ser qualquer uma da sala"



Ainda em sua publicação, a estudante escreveu: “Parecem não estar absorvendo nada do que diz o nosso ordenamento jurídico sobre igualdade de gênero, consentimento e respeito”, comentou a estudante Karine em sua postagem.

O MOSSORÓ HOJE entrou em contato com a Universidade Potiguar sobre o caso. Por meio de nota, a assessoria de comunicação informou que a instituição está apurando o caso para adoção das medidas necessárias cabíveis.

Informou ainda que a universidade " não pactua com qualquer atitude que venha a ferir os direitos humanos e a diversidade. Inclusive tem como princípios estabelecidos em sua política universitária a defesa da luta contra a desigualdade de gênero para que nenhuma mulher sofra qualquer tipo de violência ou discriminação pelo fato de ser mulher".

Na nota, a instituição repudiou qualquer expressão que "implique objetificação do ser humano ou desrespeito à sua dignidade".

"Como formadora de pessoas para o mercado de trabalho, a UnP tem firme compromisso com a cidadania, consubstanciada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais", concluiu.

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