19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
POLÍTICA
Da redação
19/09/2018 13:01
Atualizado
13/12/2018 13:40

Mulheres se unem contra Bolsonaro em protesto no dia 29 em Mossoró

O movimento está rapidamente viralizando nas redes sociais. Também há protestos marcados em outras cidades do país
Banner divulgado pelas mulheres em protesto contra Bolsonaro/Reprodução
"Espalhe a notícia. Vamos nos organizar, é um novo motim na cidade de Mossoró. Não só olhe a história passar, ajude a escrevê-la". Este é um trecho do post da advogada Carolina Rosado, ao convocar outras mulheres ao movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro marcado para o dia 29 de setembro contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O movimento está crescendo e reunindo muitas mulheres em Mossoró que, voluntariamente, estão preparando material especial para divulgar e levar para a Praça Rodolfo Fernandes, a praça do Pax, às 9h.

O movimento está rapidamente viralizando nas redes sociais. Também há protestos marcados em outras cidades. Segundo disse a técnica de enfermagem Juliane Winc, em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, esta semana acontecerão reuniões onde os detalhes do encontro e também as ações do grupo serão organizadas. "Não é um movimento que tenha um líder encabeçando. Todas as mulheres estão participando com sugestões e chegando mais", explicou.

“Ele não, ele não, as mulheres tão na rua pra fazer revolução”, diz Carolina Rosado em suas redes sociais, referindo-se ao presidenciável.

Bolsonaro já proferiu declarações misóginas que ganharam repúdio nacional. Em abril do ano passado, o parlamentar afirmou: "eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher". A declaração foi concedida em palestra na Hebraica, no Rio de Janeiro.

Em 2014, Bolsonaro disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após ela defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).

O general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável, manifestou uma posição que vem sendo muito criticada. O militar Mourão afirmou que o narcotráfico recruta jovens de famílias pobres "sem avô e pai, mas com avó e mãe". "A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó. Por isso, é uma fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas", disse.

De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de lares chefiados por mulheres passou de 23%, em 1995 para 40%, em 2015.
Já há páginas nas redes sociais com eventos como o de Mossoró em cidades como São Paulo (SP), Santos (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vitória (ES), Campo Grande (MS), Salvador (BA), Balneário Camboriú (SC) e Goiânia (GO).

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