25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
POLÍCIA
Da redação
19/09/2018 14:12
Atualizado
14/12/2018 08:24

Filho de Henrique Alves é detido com ecstasy e haxixe, em operação policial em Brasília

Ao revistarem o escritório da casa de Eduardo Azambuja, na QI 23 do Lago Sul, os investigadores encontraram três sacos plásticos – em um deles havia ecstasy em pó; no outro, haxixe

Filho do ex-ministro de Turismo Henrique Eduardo Alves, o produtor cultural Eduardo José de Azambuja Alves, 35 anos, foi detido nessa terça-feira (18) por porte de drogas. Ele é um dos alvos da Operação Praia de Goa, deflagrada pela Polícia Civil com o objetivo de apurar lavagem de dinheiro, organização criminosa e estelionato contra a administração pública no âmbito do Na Praia. O evento se popularizou nos últimos anos por apresentar atrações muito conhecidas em estrutura de grande porte montada na beira do Lago Paranoá, em Brasília. As informações são dos sites Metrópoles, do Correio Brazieliense e do Diário do Centro do Mundo.

Eduardo Azambuja é um dos sócios da R2, empresa no centro das investigações da Coordenação de Combate ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária (Cecor), responsável pelo inquérito. O endereço do filho do ex-ministro era objeto de diligência da Polícia Civil, que conseguiu autorização judicial para o cumprimento de busca e apreensão em 15 localidades.

Ao revistarem o escritório da casa de Eduardo Azambuja, na QI 23 do Lago Sul, os investigadores encontraram três sacos plásticos – em um deles havia ecstasy em pó; no outro, haxixe; e no terceiro, MDMA, uma variação do ecstasy. Em função do achado, o produtor cultural foi levado até a delegacia e teve de prestar depoimento. Aos policiais, disse que a droga era dele, para consumo pessoal, e que teria conseguido as substâncias durante uma festa na casa de “um amigo de um amigo” no Condomínio Ville de Montagne, no Lago Sul.

Eduardo fez questão de pontuar, em seu relato, que não teria comprado a droga, mas que os entorpecentes foram fornecidos gratuitamente no decorrer da festa. O depoente assinou um termo circunstanciado se comprometendo a se apresentar à Justiça.

O relatório da Polícia Civil que convenceu a Justiça a autorizar as buscas e apreensões tem conteúdo bombástico. Os investigadores creem que descobriram um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo a dinâmica da realização de eventos culturais do DF.

Segundo o Correio Braziliense, organização criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato contra a administração pública são os crimes investigados pela Operação Praia de Goa da Polícia Civil do DF,  que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (18/9) para apurar irregularidades em eventos da produtora R2, que organiza os eventos Na Praia e Carnaval no Parque.

De acordo com as investigações —  a cargo da Divisão de Repressão à Corrupção e aos Crimes contra a Administração Pública (Dicap) da Coordenação de Combate ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária (CECOR) —, a R2 utilizou benefícios da Lei de Incentivo à Cultura para bancar os eventos privados, com alto potencial lucrativo. O Ministério Público do DF (MPDFT) também acompanha as investigações, que tiveram início em 2016.

Segundo os indícios, a produtora praticou irregularidades na captação de recursos para cinco eventos de caráter social. Os cerca de R$ 3,7 milhões obtidos pela R2 entre 2016 e 2017 deveriam ser usados apenas para as edições do Na Praia Social, Na Praia Cultural e do Parque da Alegria (ligado ao Carnaval do Parque). O dinheiro, no entanto, era utilizado para custear a estrutura dos eventos particulares, como shows, que cobravam ingressos ao custo de, em média, R$ 300.

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