19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
MOSSORÓ
Da redação
21/09/2018 07:06
Atualizado
14/12/2018 08:30

Secretária de Educação culpa diretoras por 3 bolachas e meio copo de suco na merenda das escolas

Em Audiência na Promotoria, a denúncia de que a merenda nas escolas de Mossoró era só 3 bolachas e meio copo de suco fraco foi reforçada pela presidente do Sindiserpum pelo Conselho de Alimentação Escolar
A Secretaria Municipal de Educação, Magali Delfino, durante audiência extrajudicial com o promotor Olegário Gurgel Ferreira Gomes, com atuação na Educação, atribuiu responsabilidades pela distribuição de merenda com baixo teor nutritivo (3 bolachas e meio copo de suco) às diretoras das escolas, e assegurou que vai tomar providências.

O promotor de justiça Olegário Gurgel, da 4ª Promotoria de Justiça de Mossoró, chamou a secretária de Educação, diretores de escolas, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Conselho de Alimentação Escolar, para resolver, em definitivo, a questão, especificando ser inaceitável distribuir apenas 3 bolachas e meio copo de suco na merenda.

A Audiência Extrajudicial foi convocada pela promotoria da Educação, com base na denúncia de um pai de aluno apontando que a merenda distribuída pelo governo Rosalba Ciarlini na Escola Municipal Cleôncio José de Santana (colégio evangélico), que fica por trás do Museu Municipal, era apenas três bolachas e meio copo de suco fraco.

Ao apurar o problema, se descobriu que a merenda era fraca (continha baixo teor nutricional) em diversas escolas do município. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipal, Marleide Cunha, inclusive, flagrou à distribuição de três bolachas e meio copo de leite em outras escolas e como cidadã e professora disse que ficou indignada.

O Conselho de Alimentação Escolar foi mais além. Confirmou ao promotor que a merenda realmente tem baixo teor nutritivo em muitas escolas e que comunicou este fato à Secretaria de Educação, exigindo que este problema fosse imediatamente resolvido. Acrescentou que este é apenas uma das irregularidades que às conselheiras consideram graves nas escolas.

Narraram que muitos pais compram alimentos altamente nocivos (coxinhas e refrigerantes) para os filhos levarem para à escola. Denunciaram que, apesar de ser proibido, em quase todas as escolas tem carrinhos de confeitos e lanchonetes vendendo "baganas". Elas reclamaram também da estrutura precária em algumas escolas. Tem cozinha com esgoto estourado.

Em sua fala (gravada), a secretaria Magali Delfino, que estava acompanhada com uma nutricionista e uma assessora, disse que a Secretaria de Educação compra a merenda e entrega nas escolas, assim como elaborou o cardápio escolar e exige que todos cumpram o que está no papel. Alega, no entanto, que isto não está sendo seguido por algumas diretoras das escolas.

Magali Delfino lembrou que a União passa valores infinitamente baixos, por aluno, para a Secretaria Municipal de cada Prefeitura comprar a merenda escolar. Destaca que é preciso sempre que a Prefeitura faça um aporte financeiro generoso para conseguir ter uma merenda de qualidade nas escolas, que é o objetivo central da gestão dela.

Depois que a secretária Magali Delfino fez suas explanações, a diretora da Escola Municipal Cleôncio Jose de Santana, professora Maria Marta Alves Bezerra,  admitiu o problema e disse que já havia adotado medidas para evitar a distribuição de merenda de baixo teor nutricional as crianças, ou seja, 3 bolachas e meio copo de suco fraco.
 
Solução para o problema



Diante dos fatos apresentados na Audiência, o promotor Olegário Gurgel solicitou as partes presentes ideias para evitar que as escolas voltem a servir 3 bolachas e meio copo de suco fraco às crianças e passem a seguir religiosamente o que está previsto no cardápio elaborado pela nutricionista da Secretaria Municipal de Educação e as diretorias das escolas.

Entre as normas, ficou acertado que a Secretaria de Educação vai padronizar as merendas das escolas, de tal modo que o cardápio seja seguido à risca. Também ficou estabelecido que o Conselho de Alimentação Escolar vai intensificar as fiscalizações nas escolas e inclusive na ocasião o promotor foi convidado a também acompanhar este trabalho.

O MOSSORÓ HOJE sugeriu incluir também a Secretaria de Educação disponibilizar uma linha telefônica e dá publicidade a isto para os pais dos alunos e a comunidade apontem a Secretaria Municipal de Saúde e ao Conselho de Alimentação Escolar as escolas que não estiverem fornecendo a merenda escolar conforme está previsto no cardápio.  

Promotor Olegário Gurgel fala sbre merenda com baixo teor nutritivo nas escolas municipais:

 

Secretaria Magali Delfino fala sobre merenda escolar com baixo teor nutritivo:

 

Presidente do Sindiserpum, Marleide Cunha, fala sobre preocupação com a merenda das crianças:



Presidente do Conselho Municipal de Alimentação Escolar fala sobre o que foi discutido na reunião:



 

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