19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
MOSSORÓ
Da redação
29/09/2018 11:40
Atualizado
13/12/2018 09:08

Milhares vão ao Centro da Mossoró neste sábado pelo movimento "#elenão"

O movimento foi organizado espontaneamente e ganhou a adesão de movimentos sociais, feministas e dos partidos de esquerda. Estima-se que mais de três mil pessoas participaram do ato
William Robson
Num evento de caráter nacional, Mossoró conseguiu reunir milhares de mulheres na manhã deste sábado (29) para o movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro. contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).  A concentração se deu na praça Rodolfo Fernandes, do Pax, e seguiu pelas principais ruas do Centro até a praça Cícero Dias (do Teatro Municipal Dix-huit Rosado), onde todas as mulheres fizeram uma foto nos degraus do teatro.

O movimento foi organizado espontaneamente e ganhou a adesão de movimentos sociais, feministas e dos partidos de esquerda. Estima-se que mais de três mil pessoas participaram do ato e da caminhada que durou toda a manhã e parte da tarde. As mulheres gritaram frases como "Ele não" e chegaram a pedir um "Fora Robinson" na praça onde ocorria também uma pequena concentração de um candidato que apoia o atual governador do Estado.


Milhares de mulheres, jovens e crianças participaram do movimento e interditaram as principais ruas do centro com caminhada que durou toda a manhã deste sábado

Para alguns participantes da marcha, a expectativa foi superada fortemente devido à grande quantidade de pessoas que participaram do ato. Mossoró foi uma das mais de 100 cidades do Brasil e dezenas no resto do mundo que aderiram ao movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro. O movimento está rapidamente viralizando nas redes sociais.

Rapidamente, fotos e imagens do movimento ganharam as redes sociais. O movimento "Ele não" se deve ao comportamento machista demonstrado pelo canididato a presidente, líder nas pesquisas. Em 2014, Bolsonaro disse que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. "Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece", afirmou o congressista, após ela defender vítimas da Ditadura Militar (1964-1985).

O general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável, manifestou uma posição que vem sendo muito criticada. O militar Mourão afirmou que o narcotráfico recruta jovens de famílias pobres "sem avô e pai, mas com avó e mãe". "A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó. Por isso, é uma fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas", disse.

De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de lares chefiados por mulheres passou de 23%, em 1995 para 40%, em 2015.
Já há páginas nas redes sociais com eventos que acontecem também neste sábado =em cidades como São Paulo (SP), Santos (SP), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vitória (ES), Campo Grande (MS), Salvador (BA), Balneário Camboriú (SC) e Goiânia (GO). E também nas principais cidades do mundo.

Chamado para este sábado (29) como um grito contra o fascismo de Bolsonaro, #EleNão / #NotHim já conta com milhares de pessoas nas ruas do Brasil e das principais capitais europeias como Paris, Berlim e Lisboa.

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