20 ABR 2024 | ATUALIZADO 22:33
POLÍTICA
Da redação
04/10/2018 13:13
Atualizado
13/12/2018 19:11

Documento idealizado por Mourão propõe restrição de direitos, licença-maternidade e fim das cotas

No caso da licença-maternidade, que considera um privilégio, o general quer a redução imediata de seu período de quatro meses para um mês. Ele argumentou que o fim da estabilidade para servidores públicos seria uma defesa da população
Com os militares protagonizando as eleições deste ano, um manifesto gestado no Clube Militar (sediado no Rio de Janeiro) e denominado "Por um Brasil Melhor” explicita um ataque frontal aos direitos sociais: restrições ao direito de greve e à licença maternidade, o fim das cotas nas universidades e do regime de estabilidade dos servidores, por exemplo. Ao mesmo tempo, defende um programa radical de privatizações e o "livre mercado".

O idealizador do documento é presidente licenciado da instituição, general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro, mas foi finalizado e divulgado pelo presidente em exercício da entidade general Eduardo José Barbosa, no fim do mês de setembro. O texto é considerado a 'bíblia' dos militares que rodeiam o candidato do PSL.

Leia aqui a íntegra do manifesto.

Em entrevista Rodrigo Mattos, do UOL, o general Eduardo José Barbosa, além de defender seu manifesto, atacou a esquerda e defendeu a direita: "Vamos falar mais claramente, a esquerda é mais radical. A esquerda, quando ela é contrariada, se você contrariar, ela vai dizer que você é antidemocrático, fascista. A direita é contrariada, ela se mantém calada e fica numa boa. Ela se defende na argumentação".

No caso da licença-maternidade, que considera um privilégio, o general quer a redução imediata de seu período de quatro meses para um mês. Ele argumentou que o fim da estabilidade para servidores públicos seria uma defesa da população: “Isso é em termos de que o Estado é para servir a população. A estrutura é para servir a população. Não pode ter funcionários que fiquem ali indefinidamente e não possam ser mandados embora. Tudo bem que passaram no concurso, mas se revelam mal educados. Sim, o fim da estabilidade. Mas em casos específicos”. Ele não disse quais servidores ficariam a salvo da mudança

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