29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍTICA
Da redação
04/10/2018 15:53
Atualizado
13/12/2018 13:39

Beto Rosado pede que a Justiça Eleitoral proíba Joãozinho GPS de falar o nome dele na Rádio Difusora

Diretor presidente da Rádio, advogado Paulo Afonso Linhares destacou que o deputado federal Beto Rosado buscava diretamente censurar o trabalho da Rádio Difusora e do radialista Joãozinho GPS
Cezar Alves
O deputado federal Beto Rosado, do PP, candidato à reeleição, entrou com uma Ação na Justiça Eleitoral pedindo para proibir o radialista João Graciliano, carinhosamente conhecido em Mossoró por Joãozinho GPS, de falar seu nome na Rádio Difusora de Mossoró-RN. A Justiça negou a liminar.

Motivo: O radialista teceu críticas a Beto Rosado, que é candidato à reeleição, no Programa "Boa Noite Mossoró", da Rádio Difusora baseado em fatos. O deputado gravou o programa e decidiu ir à Justiça Eleitoral para calar o radialista no exercício de sua função de informar à população.

"Pelo segundo ano consecutivo não se entregou fardamento escolar, então meus amigos e minhas amigas, chegamos a conclusão de que os gestores dessa cidade, a gestora dessa cidade, não consegue atender as expectativas que foram criadas", disse Joãozinho em um trecho do comentário.

 

A transcrição acima foi feita pela Assessoria Jurídica do candidato à reeleição Beto Rosado. Como se pode observar, Joãozinho GPS fez críticas aos gestores e seus aliados com base em informações verídicas, que por sinal, trata-se de um direito básico da população mais carente de Mossoró, que vem sendo sistematicamente negado pelo Poder Público Municipal.

A Ação Movida na Justiça Eleitoral, sem embasamento legal, com um pedido de liminar para silenciar à voz de um profissional de comunicação, figura, inclusive, como meio de intimidar, não só o radialista e seus colegas de trabalho na Rádio Difusora, mas todos da mídia mossoroense que representam à voz da sociedade cobrando seus direitos.

O "recado" de Beto Rosado, enviado através da Justiça Eleitoral, no entanto, não surtiu o efeito desejado pelo político: ou seja, calar o comunicador. A juíza eleitoral Adriana Cavalcante Magalhães Faustino Ferreira, após analisar o comentário do radialista e às alegações de Beto Rosado, decidiu negar o pedido de liminar para silenciar Joãozinho GPS.



Procurado pelo MOSSORÓ HOJE, Joãozinho disse que se sentiu ofendido como profissional de comunicação que desenvolve um trabalho sério, como pai de família que luta diariamente pelo sustento de seus filhos, e repudia o ato do deputado candidato à reeleição Beto Rosado de tentar, usando A Justiça Eleitoral, silenciar sua voz a serviço da população.
 
Confira entrevista de Joãozinho abaixo:

 

"Falar à verdade dói aos incompetentes, falar a verdade incomoda os irresponsáveis, porque deixar faltar fardamento para criança pobre é incompetência, falta de respeito e irresponsabilidade. E, acima de tudo, comprovou que o deputado Beto não tem coragem de assumir o que fez em Brasília, diferente de Joãozinho que não se esconde, fala a verdade, e por falar a verdade, é perseguido", diz comunicador que atua há anos na rádio mossoroense.



O empresário, advogado, professor/doutor, pós doutorando na Universidade de Havard, nos EUA, Paulo Afonso Linhares, observa que a ação movida pelo deputado Beto Rosado busca diretamente censurar o trabalho da Rádio Difusora e do radialista Joãozinho GPS. "Isto não é possível hoje no direito brasileiro", destaca o diretor da Rádio Difusora.



O jurista Paulo Linhares destacou ainda que a ação movida contra o radialista por Beto Rosado é inconstitucional. Veja vídeo abaixo:



O MOSSORÓ HOJE buscou junto à Secretaria Municipal de Educação informações sobre a questão destacada pelo radialista Joãozinho GPS e, de fato, o fardamento escolar não foi distribuído para as crianças em 2017 e nem neste ano de 2018.

Este e vários outros deveres básicos do Poder Público Municipal estão sendo negados pela gestora Rosalba Ciarlini à população. Em 2017, Rosalba, através da Secretaria de Saúde, passou 11 meses sem autorizar cirurgias eletivas para a população de Mossoró.

Também passou mais de 1 ano sem fazer qualquer tipo de manutenção nas praças no Centro de Mossoró, deixando os logradouros públicos, que antes eram cartões postais da cidade, imundos. A cidade, como o todo, ficou cheia de buracos nas ruas.

Também negligenciou na atenção ao homem do campo. Se quer havia um secretário designado para atender os anseios da pasta. O posto que abastece à comunidade de Alagoinhas ficou sem funcionar por mais de ano por falta de manutenção.

Vários destes casos citados acima foram retratados em reportagem pelo MOSSORÓ HOJE.

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