19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍTICA
Da redação
10/10/2018 14:35
Atualizado
14/12/2018 09:26

MPF investiga Paulo Guedes, assessor de Bolsonaro, por suspeita de fraudes em fundos de pensão de estatais

Coordenador de campanha teria captado ao menos R$ 1 bilhão dessas entidades de forma irregular
Principal conselheiro do candidato do PSL à Presidência,Jair Bolsonaro , o economistaPaulo Guedes , anunciado como ministro da Fazenda em um possível governo do ex-capitão, é investigado desde o dia 2 de outubro pelo Ministério Público Federal em Brasília por suspeita de envolvimento em fraudes em fundos de pensão estatais, como o Previ, de servidores do Banco do Brasil, o Petros, da Petrobrás, o Postalis, dos Correios, e o BNDESpar, braço do banco estatal. As operações investigadas teriam relações com dirigentes desses fundos ligados ao PT e ao MDB. O GLOBO teve acesso aos autos da investigação, revelada pela Folha de S.Paulo.
 
Guedes é suspeito de cometer crimes de gestão fraudulenta e temerária à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013, de fundos de pensão ligados a empresas públicas. Também está sendo investigada a emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias. A investigação é conduzida pela Força-Tarefa da Operação Greenfield, que apura fraudes em fundos de pensão em todo o país e foi aberta com base em relatórios da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) que apontam indícios de fraudes nos aportes feitos pelos fundos de pensão em dois fundos de investimentos criados pela BR Educacional Gestora de Ativos, empresa de Paulo Guedes.
 
Dentre os fundos que investiram na empresa de Paulo Guedes estão o Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa), Postalis (Correios) e o BNDESpar braço do banco estatal que atua com investimentos no mercado de capitais.  Os aportes foram feitos em empresas do Grupo HSM Brasil, de Paulo Guedes. Em 2009 a Gestora BR Educacional que pertence à HSM lançou dois FIPs  - Brasil de Governança Corporativa e o BR Educacional - que conseguiram captar R$ 1 bilhão junto aos fundos ligados a empresas públicas. Chamou a atenção dos investigadores o fato de os quatro maiores cotistas desses FIPs, na ocasião, serem exatamente os fundos que estavam sob gestão de pessoas ligadas a PT e MDB, investigadas na Greenfield por suspeita de fraudes em outras operações.
O Petros era gerido por Wagner Pinheiro e o Previ por Sérgio Rosa, ligados ao PT. O Postalis, por sua vez, estava sob a gestão de, Alexej Predtechensky  conhecido como ‘Russo’ e apadrinhado do MDB. Ele é acusado pelo empresário e delator Paulo Roberto Gazani Júnior de pedir propina para políticos do partido ao negocia uma operação de debêntures.) Outro dirigente já investigado pela Greenfield por suspeita de fraudes e que estava na Funcef no período dos aportes é Carlos Alberto Caser.

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