Diante do quadro de intolerância política registrado no país, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) emitiu nota pública reafirmando a defesa do ensino público, gratuito e de qualidade como pilar da transformação social de um país, assim como reitera o papel da universidade como espaço de livre pensamento, pluralidade de ideias e exercício diário da democracia.
Veja trecho da nota:
Repudiamos qualquer tipo de ação de autoritarismo, intolerância, preconceito, constrangimento e violência física e moral, como algumas que têm ocorrido pelo País, inclusive no interior das universidades, em meio ao período eleitoral.
Em sua missão como universidade socialmente referenciada, a UERN atuará de todas as formas possíveis para garantir a proteção à sua comunidade acadêmica, no exercício da liberdade de opinião, e no respeito às liberdades políticas e individuais, assim como na apuração e punição a quem venha infringir estes preceitos fundamentais.
A defesa dos princípios constitucionais é dever de todo cidadão brasileiro e das instituições que constroem este País. Seguir num caminho contrário é abrir espaço ao caos e à barbárie.
Somente pelo fortalecimento dos direitos garantidos em nossa Constituição, e pela defesa da universidade pública, gratuita e autônoma, podemos vislumbrar uma sociedade mais forte, justa e igualitária. É esta a nossa missão.
Pedro Fernandes Ribeiro Neto
Reitor
Fátima Raquel Rosado Morais
Vice-reitora
O Rio Grande do Norte tem registrado casos de intolerância política, que se agravou no período eleitoral. Na semana passada, em Natal, uma médica rasgou a receita de um paciente de 72 anos após ele dizer que não votou em Bolsonaro no primeiro turno. Depois ela pediu desculpa em entrevista e disse que agiu por impulso.
Nesta segunda-feira (15), a jornalista Juliana Celli, que atua na assessoria parlamentar da Assembleia Legislativa do RN, denunciou que o deputado Getúlio Rêgo a xingou por que ela se recusou a fazer o gesto da arma com as mãos reproduzidas por ele. O gesto é característico do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Juliana disse que foi chamada de mentirosa e corrupta pelo parlamentar simplesmente por afirmar que não vota no candidato.
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