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POLÍTICA
Informações Folha de São Paulo
18/10/2018 13:03
Atualizado
14/12/2018 06:03

Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp, diz Folha de SP

Com contratos de R$ 12 milhões, prática viola a lei por ser doação não declarada; Jair Bolsonaro (PSL) disse não ter controle sobre o tema
Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, publicada nesta quinta-feira (17), mostrou  que empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno das eleições no Brasil. A prática é ilegal, pois se caracteriza como doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada.

O Folha apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens.

"As empresas apoiando o candidato Jair Bolsonaro (PSL) compram um serviço chamado 'disparo em massa', usando a base de usuário do próprio candidato ou bases vendidas por agências de estratégia digital. Isso também é ilegal, pois a legislação eleitoral proíbe compra de base de terceiro, só permitindo o uso das listas de apoiadores do próprio candidato (número cedidos de forma voluntária)", destaca o jornal.

Entre as agências que prestam esse tipo de serviços estão a Quickmobile, a Yacows, Croc Services e SMS Market. Os preços variam de R$ 0.08 a R$ 0,12 por disparo de mensagem para a base própria do candidato e de R$ 0,30 a R$ 0,40 quando a base é fornecida pela agência.

Veja reportagem completa AQUI

Bolsonaro diz não ter controle sobre ação das empresas no WhatsApp
Sobre a denúncia do jornal, o candidato Jair Bolsonaro disse "não ter controle" sobre o tema. A declaração foi dada ao site O Antagonista. "Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência", afirmou.

Ele sugeriu ainda que tais ações podem estar sendo feitas por pessoas de esquerda para prejudicá-lo.

PT cobra medida da Justiça Eleitoral
Em nota publicada na manhã desta quinta-feira, 18, o Partido dos Trabalhadores acusou a campanha de Jair Bolsonaro de receber financiamento empresarial ilegal para manter uma indústria de mentiras. O partido informa que levará a denúncia a "todas as instâncias no Brasil e no mundo".

PT também foi acusado de propaganda ilegal no Twitter e Facebook
Em agosto, empresas ligadas ao deputado federal Miguel Corrêa (PT-MG) foram acusadas por influenciadores digitais de contratar propaganda irregular pró-PT no Twitter. O caso ficou conhecido como Mensalinho do Twitter. Um mês depois, o Facebook removeu 11 páginas e 42 perfis administrados por uma das empresas envolvidas, a Follow.

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