Após interdição de escola, estudantes protestam e pedem local para concluir ano letivo em Mossoró
Estudantes e professores da Escola Estadual Governador Dix-Sept Rosado realizaram ato nesta quarta-feira (14); O prédio foi interditado devido estrutura precária e os alunos não tem como terminar o ano
Cezar Alves/Mossoró Hoje
"Chegamos ao limite, se não tivermos providência do nosso governo, essa escola vai cair". A declaração é do professor Carlito Lucas Nunes e resume bem a atual situação da da Escola Estadual Governador Dix-Sept Rosado, localizado no bairro Bom Jardim, na zona norte de Mossoró. Indignados com a péssima estrutura da escola, alunos e professores realizaram protesto na manhã desta quarta-feira (14).
O pedido é: a reforma do prédio, que é antigo e apresenta diversos problemas como rachaduras, comprometendo assim a integridade física dos estudantes, professores e demais servidores da escola. Bem como o local adequeado para as aulas serem realizadas. A Escola Estadual Dix-Sept Rosado foi criada em 1950. Atualmente, a unidade conta com 1.228 alunos do ensino fundamental até o ensino médio.
O professor Carlito Nunes desabafa: "O governo tem que olhar para essa escola, essa escola atinge uma gama de alunos de vários bairros, essa interdição podia ser feita, mas com um olhar melhor das nossas autoridades, pode observar, fiação exposta, o cupim já domina a escola há 40 anos, professores se juntaram para fazer uma vaquinha para botar veneno nos cupins, por isso segurou esses anos todos, mas não é o suficiente, está insustentável".
A escola estadual foi interditada pelo Corpo de Bombeiros de Mossoró justamente por conta da má estrutura. O risco é de desabamento. Agora os alunos estão sem saber onde e como concluirão o ano letivo. Essa a principal preocupação do estudante Everton Câmara.
Segundo o aluno, nenhuma autoridade deu resposta sobre o caso até o momento. "A gente está sofrendo com problema de estrutura, que ameaça desabar e então os bombeiros vieram aqui interditaram nossa escola, sendo que a gente tem uma ano para concluir, os alunos querem concluir o ano letivo só que não podem por conta do prédio fechado, e a gente não tem uma resposta ainda, se vão direcionar a gente para outra escola, ou se vão liberar as aulas para poder concluir o ano letivo", relatou o aluno.
A professora e ex-diretora da escola, Raimunda Cavalcante Ramalho revela que o momento é preocupação e cobrança de respostas das autoridades. "Está muito complicado, porque não tem nem um ambiente que comporte os alunos, nós temos turmas de 40 alunos, e são 12 turmas por turno, é isso que nós estamos cobrando das autoridades, mobilizando os alunos", relatou a professora.
Na manhã de hoje, alunos e professores se mobilizaram na escola utilizando vários cartazes. O objetivo é chamar a atenção das autoridades para o problema. Dezenas de alunos e professores da escola compareceram ao ato.