26 ABR 2024 | ATUALIZADO 20:04
NACIONAL
Da redação
14/11/2018 11:23
Atualizado
13/12/2018 12:26

Ministério da Saúde de Cuba anuncia que país sairá do programa Mais Médicos

Em vigor há cinco anos, o programa traz médicos de outros países para atuarem em regiões em que há déficit de profissionais de saúde. A maioria dos médicos do programa (51%) vem de Cuba
O governo de Cuba anunciou, na manhã desta quarta-feira, que deixará de participar do programa Mais Médicos . A decisão vem após o presidente eleito, Jair Bolsonaro , afirmar que pretende modificar os termos de colaboração com o país caribenho. Em vigor há cinco anos, o programa traz médicos de outros países para atuarem em regiões em que há déficit de profissionais de saúde. A maioria dos médicos do programa (51%) vem de Cuba, após acordo de parceria do Ministério da Saúde do Brasil com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

"O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e o que foi acordado com Cuba ", diz a nota do Ministério da Saúde de Cuba.

Bolsonaro já havia indicado que pretendia romper laços diplomáticos com países liderados por governantes com viés ideológico de esquerda . Segundo ele, não havia motivo para manter a embaixada em Cuba, por exemplo. A declaração foi publicada em entrevista ao jornal “Correio Braziliense” e à TV Rede Vida há duas semanas.

— Olha, respeitosamente, qual o negócio que podemos fazer com Cuba? Vamos falar de direitos humanos? Foi acertado há quatro anos, quando Dilma era presidente, que se alguém pedisse exílio (no Brasil, como os médicos cubanos) seria extraditado. Dá para manter relações diplomáticas com um país que trata os seus dessa maneira? Queremos o Mais Médicos? Podem continuar. Revalida, salário integral e traz a família para cá. Eles topam? — afirmou Bolsonaro na ocasião.

Ainda segundo a nota do órgão cubano, cerca de 20 mil médicos cubanos atenderam 113,3 milhões de pacientes, em mais de 3.600 municípios, e que as condições

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