O suplente de senador pelo Rio Grande do Norte e especialista em energias renováveis, Jean-Paul Prates, que integra a equipe de transição do governo Fátima Bezerra, defendeu em entrevista a rádio 96 FM, de Natal, a privatização do Terminal Salineiro de Areia Branca, mais conhecido como Porto-Ilha.
Segundo Prates, o equipamento é usado apenas pela iniciativa privada no estado, não dando lucro direto ao Estado do Rio Grande do Norte. Por isso, é o mais justo que o porto-ilha seja administrado e mantido pelos empresários do setor, dando inclusive, mais autonomia ao setor.
“É um diálogo que vai ter que ser aberto, do mandato e não do governo Fátima porque trata-se de uma privatização federal, é conversar com o setor salineiro e dizer assim vem cá em vez de você ficar pedindo penico todo mês para vim dinheiro do governo federal para sustentar esse porto-ilha e ele dá prejuízo há 44 anos, pergunta se esse porto-ilha deu algum lucro para o governo, então para ser governo desse jeito dando dinheiro para iniciativa privada, subsidiando a iniciativa privada, para depois a iniciativa privada ir lá e dizer que quer estado mínimo, para mim é um contrassenso, então nesse caso a privatização eu defendo, pega o porto-ilha, toma que o filho é teu, entendeu? Ele só serve para você”, explicou o especialista.
“Não tem nada demais nisso, privatização em um lugar onde você está subsidiando uma atividade econômica, ela pode ser pensada sim”, destacou ele.
Ainda durante a entrevista ao programa 96 Minutos, Jean-Paul enfatizou que é contra a privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e a Companhia Potiguar de Gás (Potigás). "O que é ser esquerda hoje modernamente é você valorizar ativos estratégicos onde você pode fazer política social, onde você pode interiorizar o gás natural, levar água para quem precisa sem ter que vender um ativo desse que depois ninguém vai querer, quem, quem é que vai querer vender água para pobre que não pode comprar? quem é que vai jogar gás onde não tem demanda ainda, que você ainda vai fazer a demanda? as telefônicas pegaram um mercado já consolidado, você já usava telefone, você não está desenvolvendo nada, é como o caso do porto-ilha, eu sou favorável, porque já tem um mercado, os usuários estão lá e então privatiza, passa para eles", afirmou Jean-Paul.