26 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
ESTADO
Da redação
19/11/2018 15:50
Atualizado
13/12/2018 11:31

Reservatórios estão com níveis baixos ou no volume morto; estrutura de cinco também preocupa

Quanto à questão estrutural dos reservatórios, ao menos cinco barragens do Estado estão em situação de vulnerabilidade, ou seja, apresentam danos em suas estruturas
UFRN
O levantamento apresentado pelo Programa de Monitoramento e Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, sobre a situação dos reservatórios do Estado apontam para uma situação preocupante.

Mais da metade dos 46 reservatórios analisados estão com reserva baixa ou no chamado volume morto. Os casos mais críticos são os açudes de Bonito II, em São Miguel; Itans, em Caicó; Zangarelhas, em Jardim do Seridó; e Esguicho, em Ouro Branco.

Os demais mananciais estão com reservas que podem durar entre três meses a um ano e meio.

Considerando o nível de alguns destes reservatórios em volume morto, observa-se o caso do açcude Itans devido sua importância no abastecimento e na região do Seridó. O açude tem capacidade para 81.750.000 metros cúbicos de água.

Outro reservatório, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, que estava em volume morto no início do ano, reagiu bem nos meses seguintes. Conseguiu acumular 540 milhões de metros cúbicos, o suficiente para suportar 11 meses, o que pode ser motivo de preocupação caso o ano que vem seja de seca.

O  maior reservatório potiguar comporta até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, chegou a 11,74% de sua capacidade em janeiro deste ano e entrou no chamado volume morto – nome que se dá à reserva de água mais profunda das represas, que fica abaixo dos canos de captação que normalmente são usados para retirar água.

Quanto à questão estrutural dos reservatórios,  ao menos cinco barragens do Estado estão em situação de vulnerabilidade, ou seja, apresentam danos em suas estruturas e preocupam os órgãos fiscalizadores.

A informação está no Relatório de Segurança das Barragens (RSB) 2017 da Agência Nacional de Águas (ANA), que foi divulgado nesta segunda-feira (19).

As barragens em risco são a Passagem das Traíras, Calabouço e o Açude Gargalheiras (públicas); além das barragens Barbosa de Baixo e Riacho do Meio (privadas).

A Agência Nacional de Águas alertou que a barragem Passagem das Traíras, que fica em Jardim do Seridó, apresenta desagregação do concreto e descontinuidade no maciço rochoso na ombreira direita.

O reservatório está operando com restrição limitando a cota de operação em 185m, de acordo com a ANA. O valor estimado para o conserto é de R$ 1.170.000

O Açude Gargalheiras ou Marechal Dutra (nome oficial), em Acari, um dos mais populares do Rio Grande do Norte, tem fissuras ao longo da sua galeria e do maciço. Para a recuperação, o investimento necessário estimado pela Agência é de R$ 2.840.000.

Já a barragem Calabouço, esta na cidade de Passa e Fica, apresenta trincas ao longo do coroamento e não tem estrutura de descarga de fundo. O relatório apontou que a situação de manutenção é precária, contudo não estumou os custos para reparar os danos.
 

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