25 ABR 2024 | ATUALIZADO 09:49
POLÍTICA
Da redação
09/12/2018 08:14
Atualizado
14/12/2018 08:03

Para assumir Prefeitura, vereadores arrombam porta da Câmara e elegem novo presidente em Guamaré

Ato de desespero dos cinco vereadores liderados pelo prefeito afastado Hélio Willamy tem como objetivo final assumir os cofres da Prefeitura Municipal, com orçamento anual de quase R$ 280 milhões
Mais da metade (2.600) das famílias residentes no município de Guamaré, na região norte do Estado, recebem ajuda financeira da Prefeitura Municipal no valor de R$ 300,00.

Considera-se que vivem abaixo da linha de pobreza, o que se configura um contraste gigantesco, considerando que Guamaré (14,6 mil hab) tem o 18º PIB per capita do País.

A riqueza de Guamaré, proporcionada pela produção e processamento de petróleo e geração de energia, não chega aos seus moradores, que, em sua maioria, vivem na miséria.

Com orçamento anual próximo a R$ 280 milhões, a Prefeitura de Guamaré tem sido alvo de uma disputa ferrenha e vergonhosa em todas as instâncias e cenários nos últimos 15 anos.

A disputa pelo comando da Câmara Municipal, que tem orçamento/anual de quase R$ 13 milhões, não é diferente. Quem preside o Poder Legislativo, não tem em que gastar tanto dinheiro.

No âmbito da Prefeitura Municipal de Guamaré, mesmo sem poder concorrer ao Executivo em 2016, pois estava com o nome sujo, Hélio Willamy, se valeu de uma liminar e tornou-se prefeito. Foi cassado.

A vice-prefeita Iracena Silveira também terminou afastada do cargo. O presidente da Câmara Emilson Borba Cunha, conhecido por Lula, também foi afastado pela Justiça Eleitoral.

A prefeitura caiu nas mãos da vereadora Diva Maria, vice-presidente da Câmara Municipal. A Justiça Eleitoral determinou que um pleito suplementar fosse realizado no dia 9 de dezembro.

Começou a corrida pelo controle dos milhões da Prefeitura e também pelos milhões da Câmara. No Executivo: a disputa é entre Mozaniel Rodrigues e Adriano Diógenes.

Diógenes tem o apoio do prefeito cassado Hélio Willamy e Mozaniel ficou com apoio de quem não tinha espaço na Prefeitura. Ele é filho do ex-prefeito João Pedro Filho, que já faleceu.

Geralmente, quem tem o apoio do Poder Executivo ou Legislativo, ganha o pleito, ou seja, a chave do cofres dos milhões do município. São manobras de todos os tipos e gostos.

Ao afastar o prefeito Hélio, a vice e o presidente da Câmara Borba, o Tribunal Superior Eleitoral terminou por gerar uma disputa também pelos R$ 13 milhões da Câmara Municipal.

E não só isto. Quem for eleito presidente da Câmara, automaticamente assume o cofre dos quase R$ 280 milhões/ano da Prefeitura Municipal, cargo ocupado hoje pela vereadora Diva Maria.

Diva Maria era vice-presidene da Camara e assumiu o cargo de prefeita interina em outubro passado, com o afastamento do prefeito Hélio, da vice Iracena e do presidente da Câmara Emilson Borba.

Como Diva Maria e Eliane Guedes aceitaram a idéia de fazer uma auditoria nas contas da Câmara e da Prefeitura, o grupo politico do prefeito afastado Hélio Willamy entrou em desespero. 

Nesta sexta-feira, 23, os vereadores ligados ao prefeito afastado quebraram a tranca da porta da Câmara, fizeram uma sessão extraordinária, mesmo sem ter vereadores suficientes, e elegeram Carlos Câmara presidente da casa.



Com isto, passaram a reinvindicar agora o comando dos cofres da Câmara e da Prefeitura. A disputa chegar ao Poder Judiciário ainda neste sábado, 24.

A presidente da Câmara interina Eliane Guedes de Melo Carmo diz que esta eleição não vale. Ela havia desistido de fazer uma nova eleição, um pouco mais cedo nesta sexta-feira, a pedido do vereador Luiz Carlos de Sousa. 

Leia o que diz Luiz Carlos em seu requerimento:



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