O julgamento de Kleisson Souza, de 35 anos, um dos acusados de estuprar e matar a estudante Maria Luiza Fernandes Bezerra, de 15 anos em 2009 foi adiado mais uma vez. O júri popular estava marcado para às 8h desta terça (03) no Fórum Miguel Seabra, em Natal, mas a defesa do acusado renunciou o caso, o que impossibilita a realização do julgamento.
De acordo com a 1ª vara criminal, onde tramita o processo, o réu será intimado e terá o prazo de dez dias para indicar um novo advogado. Caso não o faça, a Justiça irá nomear um defensor público e só então marcar uma nova data.
O advogado Arsênio Pimentel explicou que uma testemunha, considerada fundamental para a defesa, não foi encontrada para ser intimada a comparecer ao julgamento. "Eu pedi um reaprazamento do júri para que desse tempo desta testemunha ser localizada, mas a juíza não concedeu. Diante disso, renunciei ao processo", afirmou.
Em novembro de 2014, caso semelhante aconteceu. O réu não pode ser julgado porque seu advogado estava viajando e não pode comparecer ao julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Thiago e Kleisson raptaram Maria Luiza no momento em que ela saía de casa, em 21 de abril de 2009, para se encontrar com namorado em uma Lan House.
A estudante ficou desaparecida por seis dias e foi encontrada morta em um lixão da Zona Oeste de Natal. Na época, a perícia constatou que ela foi estuprada, assassinada e estrangulada.
O motivo do crime, apontado pelas investigações, é que um dos suspeitos, o Thiago, alimentava um desejo reprimido pela jovem.
Os dois suspeitos foram acusados de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado, roubo qualificado, estupro, vilipêndio (maltrato de cadáver) e ocultação do corpo.