20 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:41
NACIONAL
Da redação / Com informações do Uol Esporte
11/11/2015 08:39
Atualizado
13/12/2018 10:37

É batom na cueca , diz senador sobre investigação de Del Nero

?Foi encontrado um conjunto de operações atípicas relacionados a vários investigados, incluindo o Del Nero. São operações acima de R$ 100 mil", contou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol, que investiga a corrupção no futebol brasileiro, encontrou dados que complicam a situação do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em diversas operações envolvendo a entidade. Faltam, no entanto, fechar as pontas de apurações, o que será feito com novas quebras de sigilo e documentos a serem obtidos nos próximos dias. Uma série de 20 requerimentos será votado nesta quarta-feira em sessão secreta com esse objetivo.

Entre os fatos já encontrados, há indícios da ligação de Del Nero com o caso Fifa, informações sobre sua ex-namorada Carolina Galan, e negócios relacionados ao empresário Wagner Abrahão e suas agências de viagens. Os dados ainda são mantidos sob sigilo para não atrapalhar a investigação.

“Foi encontrado um conjunto de operações atípicas relacionados a vários investigados, incluindo o Del Nero. São operações acima de R$ 100 mil", contou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos integrantes da CPI que teve acesso aos dados. “É batom na cueca (disse sobre Del Nero). Só estamos procurando sexo explícito."

Entre essas operações, estão o pagamento de mais de R$ 1 milhão feito por Del Nero a Carolina Galan, revelado por Juca Kfouri. Por isso, foi pedida sua quebra de sigilo. Há ainda os recebimentos de R$ 4,4 milhões pelo dirigente da CBF e da FPF mostrados pela “Folha de S. Paulo".

Mais importante, houve avanços na apuração de negócios irregulares da CBF. Um dos focos são os pagamentos da confederação a Abrahão e a sua agência de viagens Atena Operadora Turística LTDA. Há indícios de valores indevidos em altos volumes já que o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) encontrou operações financeiras atípicas também na empresa.

A relação da confederação com a Klefer Produções e Promoções, de propriedade do ex-presidente do Flamengo, Kléber Leite, é outro foco da CPI. Foi pedida a quebra de sigilo bancário da empresa, que é suspeita de participar do esquema de propinas revelado pelo FBI.

Integrantes das CPI consideram a sessão desta quarta-feira a mais importante da comissão. Se forem aprovados os pedidos de quebra de sigilo feitos, a tendência é a comissão conseguir fechar as pontas da investigação em aberto. Caso não sejam aprovados, será difícil avançar mais.

“Se não aprovarem com tudo que há de contundente, ficará claro que há gente querendo uma pizza", contou Randolfe. Ele é um dos principais aliados do senador Romário (PSB-RJ), presidente da CPI e que idealizou a comissão. Mas há senadores que têm demonstrado resistência às investigações como o relator Romero Jucá (PMDB-RR).

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