04 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:27
EDUCAÇÃO
ANNA PAULA BRITO
24/04/2024 17:29
Atualizado
24/04/2024 17:42

Mossoroense é aprovada em doutorado nos EUA com projeto sobre desenvolvimento de linguagem infantil

A fonoaudióloga Anna Karoline Almeida Soares, de 24 anos, foi aprovada com bolsa para cursar doutorado na University Of South Florida (USF) nos Estados Unidos. Aualmente, ela é mestranda em neuroengenharia no Instituto Santos Dumont, em Macaíba, onde desenvolve um estudo sobre neuromodulação em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, tendo como foco compreender se a estimulação transcraniana pode auxiliar alguns aspectos do desenvolvimento de linguagem nessas crianças. No doutorado, a fonoaudióloga conta que dará continuidade ao estudo do desenvolvimento e dos distúrbios de linguagem, no entanto, em crianças típicas e atípicas bilíngues.
Mossoroense é aprovada em doutorado nos EUA com projeto sobre desenvolvimento de linguagem infantil. A fonoaudióloga Anna Karoline Almeida Soares, de 24 anos, foi aprovada com bolsa para cursar doutorado na University Of South Florida (USF) nos Estados Unidos. Aualmente, ela é mestranda em neuroengenharia no Instituto Santos Dumont, em Macaíba, onde desenvolve um estudo sobre neuromodulação em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, tendo como foco compreender se a estimulação transcraniana pode auxiliar alguns aspectos do desenvolvimento de linguagem nessas crianças. No doutorado, a fonoaudióloga conta que dará continuidade ao estudo do desenvolvimento e dos distúrbios de linguagem, no entanto, em crianças típicas e atípicas bilíngues.
FOTO: ASCOM/ISD

A fonoaudióloga mossoroense Anna Karoline Almeida Soares, de 24 anos, foi aprovada com bolsa de estudo no programa de doutorado da University Of South Florida (USF), localizada na cidade de Tampa, no estado da Flórida, nos Estados Unidos.

A oportunidade e o sonho de buscar mais conhecimento para além das fronteiras do Brasil veio a partir do desenvolvimento de um projeto ainda no mestrado em neuroengenharia, que está cursando atualmente, no Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba/RN.

No ISD, a fonoaudióloga desenvolve um estudo sobre neuromodulação em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, tendo como foco compreender se a estimulação transcraniana pode auxiliar alguns aspectos do desenvolvimento de linguagem nessas crianças.

“A neuromodulação, em resumo, utiliza uma estimulação elétrica de baixa intensidade (não invasiva), para diminuir a atividade em excesso que está no cérebro. Nós sabemos que, geralmente, crianças com autismo são mais agitadas, apresentam estereotipias, ecolalias, e isso pode ocorrer devido ao excesso de informações que chega ao cérebro da criança, e a dificuldade que ela tem para “filtrar” essas informações devido a concentração excessiva de neurônios em um córtex menos espesso (em comparação com crianças típicas). Assim, a criança apresenta déficits na comunicação, na fala, na atenção, no contato visual, dentre outras coisas, que é o que objetivamos estudar”, explica.

Ela afirma que, no doutorado, irá buscar ampliar esse projeto, dando continuidade ao estudo do desenvolvimento e dos distúrbios de linguagem, no entanto, em crianças típicas e atípicas bilíngues.

“Além disso, objetivamos observar diferenças entre o desenvolvimento de linguagem de crianças que se encontram em situações socioeconômicas diferentes. O que eu espero com o doutorado é ter uma melhor perspectiva sobre o desenvolvimento da linguagem em crianças típicas e atípicas, e que possamos igualar desigualdades que existem no desenvolvimento infantil”, diz.

Anna conta que conheceu a fonoaudiologia como profissão quando, ainda criança, seu avô materno, Antônio Luís de Almeida, teve um Acidente Vascular Encefálico (AVE), conhecido popularmente como derrame cerebral, e precisou da ajuda de uma profissional da área para reabilitar a fala.

Ela diz que quando entrou no curso, anos depois, conheceu a área da linguagem. Nessa época, a avó paterna dela, Júlia Rodrigues Soares, também teve um AVE, tendo desenvolvido afasia e perdendo as habilidades de se comunicar, o que a motivou ainda mais nos estudos sobre o tema.

Já sobre o fato de ter escolhido voltar suas pesquisas de mestrado e doutorado para o público infantil, ela explica que acha importante intervir nessas dificuldades desde cedo, para que essas crianças não se tornem adultos com problemas de comunicação, o que pode atrapalhar em diversos fatores de suas vidas.

“O estudo da linguagem de maneira geral sempre brilhou meus olhos, mas pensar que a gente pode intervir cedo para que as crianças cresçam com habilidades comunicativas mais eficazes é encantador. Desde a graduação eu me imaginava trabalhando na área, e poder dar continuidade a isso em um doutorado vai ser incrível”, concluiu.


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