28 ABR 2024 | ATUALIZADO 14:28
MOSSORÓ
Da redação
28/03/2016 14:19
Atualizado
13/12/2018 02:27

Ufersa perdeu R$ 40 milhões de reais em investimentos

Afirmação é do vice-reitor da universidade, professor Francisco Odolberto de Araújo. Ausência de recursos prejudicou andamento de obras acordadas com a comunidade acadêmica, diz ainda o docente.
Cezar Alves

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) perdeu nos últimos quatro anos R$ 40 milhões de reais para obras e equipamentos essenciais na formação dos alunos. É o que afirma o vice-reitor da universidade, Prof. Dr. Francisco Odolberto de Araújo.

Segundo o professor, a perda trouxe diversos transtornos para o corpo docente e discente, que hoje desfrutam apenas de parte do que tem direito.

“Obras acordadas com a comunidade acadêmica sofreram alterações ou foram canceladas sem nosso conhecimento e servidores foram exonerados de suas funções por motivos pessoais”, afirma Odolberto.

Ainda segundo ele, há uma centralização administrativa do titular da reitoria, o que acabou por burocratizar o andamento de projetos e a satisfação da atividade do servidor.

“Buscamos parcerias com a Petrobrás e as prefeituras da região para a integração da universidade com a sociedade, e estas não foram efetivadas. Fomos eleitos para colaborar com administração de forma aberta e acessível, não para concordar com as decisões de caráter pessoal, e denunciamos essa situação publicamente, inclusive nas assembleias docentes”, disse.

O vice-reitor é candidato à Reitoria, juntamente com a professora Jacimara, docente do Câmpus de Angicos, e acredita que é possível mudar o cenário da universidade ao longo dos próximos quatro anos e por isso decidiu ouvir docentes, discentes e técnicos administrativos, que clamaram pela sua candidatura a titular da pasta.

“Nosso trabalho é reconhecido e todos sabem que tivemos várias dificuldades, mas a hora de buscar os recursos para concluir as 31 obras atrasadas ou suspensas, é agora. Queremos implantar o novo Estatuto, estruturando os Centros e Câmpus e convocar a reforma do Regimento Geral da Ufersa, além de apoiar a verticalização do ensino, fortalecendo e trazendo novos cursos de pós-graduação, além de institucionalizar os projetos de pesquisa e extensão e de fluxo contínuo, a exemplo do minibaja”, conclui.

Outro lado

O ex reitor Arimatea Matos, em sua defesa, informou que o Ministério da Educação (MEC) deixou de repassar R$ 700 milhões para universidades federais "e a nossa Ufersa infelizmente, foi atingida com esse contingenciamento. Mesmo assim, buscamos junto à Bancada Federal do Rio Grande do Norte, recursos de emendas parlamentares".

Arimatea Matos acrescenta: "Apresentamos projetos para R$ 33 milhões em emendas, tendo o relator aprovado somente R$ 9,2 milhões que, também foram contingenciados. Isto quer dizer que, mesmo com os nossos esforços, os recursos não foram liberados pelo Governo Federal ou emendas, o que ocasionou adiamento na conclusão de obras e compra de equipamentos".

O candidato a reeleição disse ainda: "Caso os recursos solicitados pela Universidade seja liberado, temos projetos já elaborados que beneficiarão a Ufersa como um todo".

"Quanto a exoneração de cargos em confiança ocorreram pelo interesse da administração pública e não por mero desejo ou capricho, inclusive, as mudanças foram muito aceitas pela comunidade acadêmica", finaliza o reitor licenciado e candidato a reeleição.

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