28 MAR 2024 | ATUALIZADO 15:06
NACIONAL
Da redação
17/04/2016 07:50
Atualizado
14/12/2018 05:06

Sessão do impeachment tem sequência; protestos pró e contra em todo o País

Falam os líderes de cada um dos 25 partidos com representação na Câmara dos Deputados. Posteriormente, será iniciada a votação pela continuidade ou não do processo de impedimento de Dilma
Agência Brasil

Teve início pontualmente às 14h a sessão histórica da Câmara dos Deputados que vota a continuidade ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Antes mesmo de entrarem no plenário da Câmara dos Deputados, parlamentares favoráveis e contrários à admissibilidade do processo se enfrentaram e bateram boca.

Nesse momento, 495 deputados estão presentes. Utilizou inicialmente o plenário o deputado Jovair Arantes, relator do parecer favorável ao impedimento da chefe do Poder Executivo nacional. Ele teve 25 minutos para defender a aprovação do documento.

Jovair, ao reforçar os pontos de seu relatório favorável ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados hoje (17), disse que “nenhum agente político precisa de aviso prévio para cumprir as leis e a Constituição”.

Ao pedir votos pela abertura do impeachment da presidenta, Arantes disse que a população foi “enganada” pela chamada “contabilidade criativa” do governo Dilma que, segundo ele, resultou em inflação, desemprego, alta dos juros, perda de credibilidade.

Após a fala do relator, foram iniciados os pronunciamentos dos líderes de cada bancada. O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), orientou sua bancada a votar a favor da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A decisão já tinha sido anunciada pelo partido na última semana e foi reiterada por Picciani, o primeiro líder a falar na sessão de votação de hoje (17).

Apesar disso, ele disse que respeita a opção dos colegas que decidirem votar contra o impedimento da presidenta. “Eu faço um agradecimento à bancada do PMDB pela compreensão e o respeito que tiveram com essa nossa posição, que não é fácil. Quero dizer a cada companheiro que eu respeito muito a posição de cada um de vocês e que vocês possam exercer seu voto com a sua consciência”, comentou.

Pela liderança do PT, o deputado Afonso Florence (BA), defendeu novamente a rejeição do pedido de impeachment, o qual classificou de golpe, destacando que, quando do momento da formação da comissão especial, foi garantido que haveria isenção na condução dos trabalhos.

“No entanto, após o cerceamento da defesa da presidente da República nesta sessão e os argumentos já apresentados pelo Advogado-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, ficou claro que não há crime de responsabilidade”, afirmou.

Florence criticou ainda a atuação do vice-presidente, Michel Temer, que considerou “claramente a favor do impeachment”. Ele lembrou ainda que, mesmo junto a manifestantes favoráveis ao impeachment, no dia 13 de março último, lideranças partidárias da oposição “foram expulsas pela população”.

Em Brasília, a Explanada dos Ministérios montou um grande esquema de segurança para evitar confrontos entre quem apoia o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e quem não quer a saída da petista do poder. A mesma preocupação das forças de segurança se espalham nas principais cidades do País, que vive hoje um dia histórico para sua democracia.

De um lado, grupos políticos liderados pelo PMDB, DEM e PSDB, entre outros, querem o impeachment de Dilma Rousseff alegando seis decretos assinados em 2015. Dizem que estes decretos são pedaladas fiscais e, portanto, crime de responsabilidade.

A acusação foi feita no plenário pelo jurista Miguel Realy junior.


Por outro lado, o PT e partidos aliados trabalhando para evitar que a oposição consiga mais de 342 votos e assim dê prosseguimento ao processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Passando pela Câmara, vai ao Senado. Sendo aprovado, Dilma é afastada do cargo.

O Partido dos Trabalhadores e aliados alegam que não houve pedalada fiscal. E não havendo pedalada fiscal, se trata de um golpe contra a democracia. Discursam ainda que se trata de um terceiro turno das eleições de 2014.

Ainda conforme a bancada pedista, o que o grupo politico liderado pelo PMDB, DEM e PSDB quer é assumir o governo federal e assim sufocar as investigações ea Lava Jato, a qual estão em sua grande maioria sendo investigados.

Neste quesito, o presidente da Câmara Eduardo Cunha, que recebeu o pedido de impeachment contra Dilma. é o principal acusado. Já são 5 acusações graves e nesta semana chegou mais outra, onde ele teria recebido R$ 52 milhões em propina.

A defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff é feita por José Eduardo Cardoso.


Até às 10h da manhã deste domingo, 17 de abril de 2016, não aconteceram incidentes que merecessem destaque no País. Em Mossoró, houve uma disputa acirrada pelo local para realizar o evento de apoio e contra o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff.

De um lado, o vereador Tassyo Mardony lidera o movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff, seguindo a orientação de seu partido, o PSDB. Do outro, está entre as lideraças o jurista Paulo Afonso Linhares, com um discurso forte contra impedimento de Dilma.

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Locais de manifestações em Mossoró já recebem reforço policial

Tanto o Movimento Brasil Livre como o Movimento Frente Brasil Popular disputaram a Praça Cícero Dias, em frente ao Teatro Dix Huit Rosado, para acompanhar a votação dos deputados, em Brasília. Ganhou o Movimento Frente Brasil Popular.

O Movimento Brasil Livre vai ficar na Praça de Eventos, que fica entre a Estação das Artes Elizeu Ventania e a Praça da Criança. O comandante de policiamento do interior, tenente coronel Elialzo Moreira destacou que a polícia está pronta para evitar qualquer atrito.

O MOSSORÓ HOJE acompanha as manifestações na cidade, com publicações de fotos e vídeos. A sessão da Câmara pode ser assistida AO VIVO abaixo:

A Presidenta Dilma Rousseff não mudou sua rotina diária. Na manhã deste domingo, ela pedalou pelas ruas próximas ao Palácio da Alvorada acompanhada de seguranças. Já no Palácio do Jaburu, onde mora o vice-presidente Michel Temer, o dia amanheceu calmo.

A imprensa internacional

Le Monde, NY Times, The Guardian e BBC criticam duramente o processo de impeachment, destacando que a presidenta não tem acusação formal de desvios, enquanto que quem a acusa responde a acusações graves.

Com informações da Agência Brasil e da Agência Câmara

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