13 MAI 2024 | ATUALIZADO 15:09
NACIONAL
Da redação
20/04/2016 15:28
Atualizado
14/12/2018 05:35

MPF instaura procedimento contra Jair Bolsonaro

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, foram recebidas nos últimos dias 17.853 manifestações contra a conduta do deputado na votação do impeachment.
Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para apurar a conduta do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) durante votação que autorizou o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com o MPF, o procedimento foi instaurado “em atenção às 17.853 manifestações recebidas nos últimos dias”, através da Sala de Atendimento ao Cidadão.

A Procuradoria-Geral da República destacou ainda que as reclamações sobre o tema recebidas em todo o Brasil serão tratadas no procedimento em curso, que será analisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em virtude da prerrogativa de foro do deputado.

Relembre

Ao votar a favor do impeachment, no domingo (17), Jair Bolsonaro elogiou o coronel Carlos Brilhante Ustra, que foi chefe do Doi-Codi de São Paulo, apontado como um dos mais temidos torturadores do regime militar.

A posição do parlamentar gerou reações indignadas em todo o país. A Ordem dos Advogados do Brasil - seccional do Rio de Janeiro (OAB/RJ) – anunciou que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) e até a Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica, para pedir a cassação do mandato do deputado.

Já a presidente Dilma Rousseff, a quem Bolsonaro também fez referência durante o voto, afirmando que o coronel Ustra foi o “pavor” da presidente, classificou a atitude do parlamentar como lamentável.

“Eu lastimo que esse momento no Brasil tenha dado abertura para a intolerância, para o ódio, para esse tipo de fala [de Jair Bolsonaro]. Num processo como o nosso, em que a democracia resulta de uma grande luta de resistência, que abrangeu os mais variados setores, é terrível você ver num julgamento alguém votando em homenagem ao maior torturador que esse país conheceu. É lamentável”, relatou Dilma.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário