01 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:23
NACIONAL
Da redação
22/04/2016 15:41
Atualizado
14/12/2018 07:15

?Achei adequado?, diz Temer sobre discurso de Dilma na ONU

Durante conversa com jornalistas, o presidente em exercício afirmou que "o Brasil não merece ser desqualificado com agressões à Vice-Presidência".
Assessoria/Michel Temer

O presidente da República em exercício, Michel Temer, afirmou hoje (22) que considerou “adequado” o discurso proferido por Dilma Rousseff em cerimônia na sede da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Achei adequado, nada mais do que isso”, frisou Temer durante entrevista na saída de seu gabinete, no anexo do Palácio do Planalto. O peemedebista ocupa a Presidência desde ontem (21), quando Dilma viajou para os Estados Unidos.

Ainda na conversa com jornalistas, Michel Temer destacou que "o Brasil não merece ser desqualificado com agressões à Vice-Presidência" e que decidiu dar entrevistas à imprensa estrangeira após se sentir atacado por declarações da presidenta Dilma Rousseff.

“Fui provocado para aquelas entrevistas, achei que deveria dizer alguma coisa à imprensa internacional, já que houve manifestações [de Dilma] em relação à imprensa internacional, especialmente pretendendo desqualificar a minha posição. Aí não é a coisa do vice-presidente, é uma coisa do Brasil, acho que o Brasil não merece desqualificação por meio de eventuais agressões à Vice-Presidência”, pontuou.

Nos últimos dias, Dilma endureceu as críticas sobre o impeachment contra ela que tramita no Senado, classificando o processo de golpe. Dilma está em Nova York para a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre mudança do clima ma Organização das Nações Unidas (ONU). Antes de embarcar de volta ao Brasil, a presidenta concedeu entrevista a jornais estrangeiros em que disse que há uma “gravíssima aventura golpista” em curso no país.

Ontem (21), Temer deu entrevistas ao The New York Times, ao Financial Times e ao Wall Street Journal em que negou que esteja conspirando contra Dilma, disse que está preocupado com as declarações da presidenta sobre o Brasil no exterior, como se o país fosse uma “república menor” onde “ocorrem golpes”. Ao The New York Times, Temer disse ainda que passou quatro anos no “ostracismo absoluto”.

Impeachment e equipe de governo

Sobre o eventual afastamento de Dilma, o vice-presidente voltou a dizer que vai aguardar “silenciosa e respeitosamente” a decisão do Senado. Perguntado sobre as conversas que têm tido para montar a equipe de seu possível governo, Temer respondeu que está “apenas ouvindo”.

“Naturalmente, estou sendo procurado por muita gente, estou ouvindo muita gente, mas apenas ouvindo, nada mais do que ouvindo”, comentou.

Com informações da Agência Brasil

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