28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍCIA
Josemário Alves e Cézar Alves
14/04/2015 08:28
Atualizado
13/12/2018 19:47

?Ele jurou me matar três vezes?, diz acusado de homicídio á machadada

A vítima foi morta com um golpe de machado. Dedé, como é conhecido José Medeiros, alega que cometeu o crime em legítima defesa.
Cézar Alves

“Ele me agrediu muito, me jurou matar três vezes”. Foi assim que o agricultor José Medeiros dos Santos, acusado de matar outro com um golpe de machado, deu início ao depoimento no Tribunal do Júri Popular (TJP), na manhã desta terça-feira (14), em Mossoró.

Dedé, como é conhecido José Medeiros, alega que cometeu o crime em legítima defesa. “Ele dizia que ia me matar quando eu estivesse dormindo”, contou.

O fato aconteceu na tarde do dia 02 de dezembro de 2013. A vítima Clodoaldo Batista Fernandes, conhecido por Rodrigo, e o réu Dedé jogavam baralho apostando doses de cachaça. Quem perdesse, teria que beber a dose. Dedé disse que ganhava todas e quando tentou parar o jogo, Rodrigo não aceitou, começando assim as ameaças.

Segundo contou José ao juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, na presença do Conselho de Sentença, Rodrigo tentou matá-lo com uma faca e ele teria se defendido com uma barra de ferro. Sem sucesso, Clodoaldo tentou pegar um machado que estava num quarto, mas Dedé disse que foi mais rápido pegou o machado e desferiu a machadada, matando na hora.

Na época, um cachimbo para consumo de drogas foi encontrado no bolso da vítima, o que levantou suspeitas de que o crime tinha relação com tráfico de entorpecentes. No depoimento, José esclareceu: “Ele era viciado, ele mesmo dizia”.

Diante das circunstâncias que resultaram o crime, o promotor de justiça Ítalo Moreira Martins pediu ao Conselho de Sentença (formado por seis homens e uma mulher) para que o réu fosse condenado por homicídio duplamente qualificado. No caso de se confirmar esta decisão, Dedé pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

O advogado de defesa, José Welligton Barreto, trabalha para amenizar a sentença. Defende tese diante do Conselho de Sentença de que o que houve foi um homicídio simples, onde o réu teria matado para se defender. Alega que a vítima era problemática e que o réu é homem trabalhador, sem nunca ter se envolvido com ações delituosas.

Após os debates entre acusação e defesa, o Conselho de Sentença se reúne em sala secreta para definir qual tese acolher. Conforme for decidido, o juiz Vagnos Kelly, presidente do TJP, definirá a sentença do réu. O julgamento está previsto de terminar no início da tarde.

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