O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) aponta que o Rio Grande do Norte registra mais de 6 mil casos suspeitos de Chikungunya neste ano. O relatório traz ainda os números atualizados sobre a dengue e o Zika Vírus.
Segundo a SESAP, ao todo, foram notificados 6.196 casos de febre do Chikungunya, sendo 510 já confirmados. A doença está dispersa em todas as regiões do Estado, mas em 2016 tem se observado o crescimento de casos nas regiões do Seridó, Oeste, Alto Oeste e Trairi.
Em recente entrevista ao MOSSORÓ HOJE, o infectologista Fabiano Rodrigues destacou que os efeitos da doença podem durar de meses a anos, devido a uma reação inflamatória que o organismo não consegue reverter.
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“O Chikungunya faz isso porque é uma doença, que apesar de provocar uma reação inflamatória muito violenta, o organismo não consegue debelar o quadro de maneira satisfatória, não consegue produzir uma imunidade que, efetivamente, consiga destruir o vírus, e isso acaba gerando um quadro de perpetuação da infecção por meses, por anos”, destacou.
O caso chamou a atenção da população, que está usando até o inhame como arma contra as doenças ligadas ao Aedes aegypti.
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“Minha mãe só está andando por causa do inhame”, destaca a dona de casa Késia Morais sobre luta de sua mãe contra o Chikungunya há mais de 40 dias.
Dengue
Nesses quatro primeiros meses do ano, a Secretaria de Saúde notificou mais de 38 mil casos suspeitos de dengue. O dobro do que foi registrado no mesmo período do ano passado.
Dos casos notificados 2.829 (7,36%) foram confirmados, 2.773 para dengue, 47 como dengue com sinais de alarme e 9 como dengue grave. Em 2015 no mesmo período foram confirmados 3.601(22,48%), para dengue foram 3.567, dengue com sinais de alarme foram 29 e 5 como dengue grave.
Zika Vírus
O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Em 2016, foram notificados 1.58 casos suspeitos de Zika vírus, enquanto que no mesmo período de 2015, foram registrados 369 casos.
Dos casos notificados, foram confirmados 73 em 2015 e 3 em 2016.
Com informações da SESAP