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ESTADO
Da redação
01/06/2016 13:33
Atualizado
13/12/2018 21:19

Cerca de 30 prefeituras do Rio Grande do Norte estão com salários atrasados

Municípios também estão fechando escolas e sofrendo com falta de medicamentos. Mossoró mantém serviços e pagamento em dia. "Estamos enfrentando a crise de cabeça erguida", afirma prefeito.
Valéria Lima

Levantamento promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) constata uma realidade enfrentada por grande parte dos municípios potiguares: a crise econômica tem resultado em severas dificuldades, que vão desde o atraso na folha de pagamento do funcionalismo público ao fechamento de escolas.

Os números que comprovam esse cenário negativo foram divulgados nesta quarta-feira (1º), pelo jornal Tribuna do Norte. Atualmente, 28 prefeituras estão com salários atrasados. Há cidades em que servidores não recebem suas remunerações há seis meses.

Até mesmo a capital Natal está sofrendo as consequências da crise financeira. A Prefeitura confirmou que uma parcela do funcionalismo (cerca de 4 mil servidores) só receberá seus salários na próxima semana.

A CNM ouviu gestores de 126 dos 167 municípios potiguares.  Em 71 cidades, prefeitos alegaram que não há recursos para o pagamento do piso do magistério, obrigação estabelecida por Lei Federal. A crise fez com que 13 escolas fossem fechadas pelo Estado. Não há dinheiro para manutenção da frota que faz o transporte dos alunos em 59 Prefeituras e falta merenda em 18 municípios.

O caos atinge também a área da saúde. De acordo com os dados da CNM, 111 cidades do RN afirmaram estar sofrendo efeitos da crise nesse setor. O resultado? Faltam profissionais em 98 municípios (em 54 faltam médicos); farmácias estão desabastecidas em 74 localidades.

Mossoró mantém pagamento em dia e não fecha equipamentos

Em Mossoró, mesmo com o cenário de crise, o prefeito Francisco José Júnior vem mantendo em dia o pagamento dos servidores públicos. Os salários são depositados antes mesmo do prazo autorizado pela legislação municipal, que estabelece o quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado para o repasse das remunerações.

Na cidade, o pagamento vem ocorrendo dentro do mês trabalho. O município também não enfrenta problemas quanto ao fechamento de equipamentos. Pelo contrário. Francisco José Júnior tem cumprido uma agenda intensa de inaugurações e entrega de novos serviços à população.

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Segundo o gestor, Mossoró vem conseguindo superar a crise devido aos inúmeros ajustes que foram feitos na administração municipal, com cortes e contenção de gastos, redução de secretarias e cargos comissionados, entre outras medidas.

“Nós tivemos um cuidado, desde que assumimos, em acabar com a personificação, economizando os recursos que eram gastos a cada troca de gestor; fizemos auditoria na folha de pagamento, acabando com funcionários fantasmas, com horas extras e plantões irregulares. Fizemos Almoxarifado Central, reduzimos secretarias, devido a esses ajustes estamos enfrentando a crise de cabeça erguida, pois não fechamos nenhum equipamento e estamos com a folha em dia, ao contrário da maioria das cidades”, conclui Francisco José Júnior.

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