25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
POLÍTICA
Da redação
07/06/2016 10:08
Atualizado
12/12/2018 15:25

Sessão tumultuada na Câmara de Mossoró com protesto de estudantes

O presidente da Casa, Jório Nogueira, chegou a receber uma comissão formada por representantes de movimentos estudantis. Não houve consenso. Uma nova reunião será realizada para debater o tema
Twitter/Jório Nogueira

A sessão ordinária desta terça-feira (07) da Câmara Municipal de Mossoró foi marcada pela presença de estudantes que ocuparam as galerias da Casa Legislativa, protestando contra o aumento dos salários dos vereadores e criação de novos cargos comissionados.

Intitulada #VemPraCâmara, a mobilização foi articulada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e reuniu dezenas de estudantes, que no decorrer da sessão entoaram gritos de ordem condenando o reajuste salarial e a ampliação do quadro de servidores comissionados. “Não me representa” foi uma das expressões mais utilizadas pelo grupo.

O presidente da Câmara, Jório Nogueira, chegou a receber uma comissão formada por representantes do Movimento. Concluída a reunião, novamente os estudantes presentes nas galerias iniciaram uma série de gritos de ordem, o que gerou tensão na sede do Poder Legislativo.

"Nós não conversamos? Vamos colaborar. Ninguém conquista nada dessa forma. Estou pedindo a compreensão para que a gente possa terminar essa sessão importante, com várias matérias a serem aprovadas, do interessa da população", frisou Jório Nogueira no momento em que o grupo interrompia a fala dos parlamentares.

Durante a conversa com os vereadores, a comissão de estudantes assegurou que encaminhará uma pauta de reivindicações, por escrito, ao Legislativo. “Respeitamos e consideramos legítimo o movimento, por isso, estamos dialogando e intermediando conversa com os demais vereadores, em busca de um consenso”, afirmou o presidente da Câmara.

Jório Nogueira explicou que os vereadores e a equipe técnica da Câmara vão avaliar as demandas, quando apresentadas oficialmente, cujo atendimento, segundo ele, depende da viabilidade técnico-jurídica e do aval da Mesa Diretora. “Vamos continuar dialogando em busca de um bom termo”, reforça.

Ao tentar usar a tribuna para justificar a forma como o percentual de reajuste foi aplicado, o vereador Genivan Vale foi vaiado pelo grupo. Mesmo assim, ele conseguiu encerrar o seu pronunciamento. O mesmo não aconteceu com a vereadora Izabel Montenegro.

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Enquanto discursava, Izabel também foi hostilizada pelos estudantes e se exaltou. “Queria ver esta Câmara cheia para discutir orçamento, acompanhar audiência pública, vocês estão aqui porque tem pré-candidato, é ano de eleição”, afirmou a vereadora.

Diante do clima tenso, Genilson Alves, que estava presidindo a sessão no momento, optou por encerrar os trabalhos. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara de Mossoró, o diálogo com os estudantes terá sequência em uma nova reunião, agendada para amanhã à tarde.

 

 

 

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