Dois policiais morreram e diversas pessoas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba contra uma delegacia nesta quarta-feira na cidade turca de Midyat, relatou a mídia local, um dia após uma bomba, que tinha policiais como alvo, matar 11 pessoas em Istambul.
Fontes médicas disseram que mais de 20 pessoas, incluindo policiais e civis, ficaram feridas no ataque na província de Mardin, no sudeste da Turquia, que fica na fronteira com Síria e é parte da área turca com grande presença curda.
A explosão aconteceu em uma das ruas mais movimentadas de Mardin e causou graves danos materiais e um incêndio.
Várias ambulâncias foram enviadas ao local da detonação, que aconteceu por volta das 11h locais (5h de Brasília), um dia depois de um atentado letal no centro de Istambul, que deixou 11 mortos e cerca de 30 feridos, atribuído pelo governo turco à guerrilha curda do PKK.
As primeiras informações da imprensa turca indicam que este novo ataque também foi cometido por militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Segundo fontes de segurança turcas, citadas pela emissora "CNNTÜRK", uma caminhonete tentou entrar na sede do diretório de segurança regional de Mardin.
A bomba foi detonada quando a polícia abriu o fogo contra o veículo, o que indicaria que o mesmo era conduzido por um terrorista suicida, segundo a emissora turca.
O jornal "Hürriyet" afirmou em sua versão eletrônica que, após a explosão, também aconteceu um tiroteio entre as forças de segurança e supostos guerrilheiros.
Segundo a agência de notícias "Anadolu", há "muitos feridos", que foram enviados aos hospitais de Mardin e Midyat, mais ao leste.
Confrontos ocorreram entre forças da segurança e militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em Midyat após a explosão, disseram fontes da segurança. O PKK lidera uma insurgência que já dura três décadas pela autonomia curda no sudeste e a violência cresceu desde a quebra de um acordo de cessar-fogo, há quase um ano.
Não houve reivindicação de responsabilidade pelo ataque de terça-feira em Istambul, no qual um carro-bomba destruiu um ônibus policial durante a hora do rush matinal. Mas militantes curdos protagonizaram ataques similares contra forças da segurança no passado, incluindo em Istambul e na capital Ancara.
A Turquia diz que o PKK, considerado organização terrorista por Ancara, União Europeia e Estados Unidos, possui laços ideológicos e logísticos parecidos com os de uma milícia que opera no norte da Síria.
O edifício do diretório de segurança sofreu graves danos, da assim como outros prédios próximos.