Durante a Semana do Meio Ambiente, de 6 a 10 de junho, a campanha de conscientização quanto ao lixo eletrônico conseguiu arrecadar cerca de 2 toneladas de materias usados ou em desuso em Mossoró e Natal.
A ação foi realizada em conjunto com a Miranda, que agiu como ecoponto na loja localizada na Av. Prudente de Morais, em Natal, e na loja do Partage Shopping Mossoró, a Natal Reciclagem e a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Mossoró (ASCAMAREM), responsáveis por destinar esse material para desmontagem e reciclagem, evitando que esse lixo eletrônico causem danos ao meio ambiente e a saúde da população.
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Dentre o material descartado pela população potiguar estavam máquinas fotográficas, CD’s, monitores de tubo, celulares, impressoras, mouses e diversos componentes de computador.
A campanha buscava conscientizar a população dos perigos do descarte inadequado desse material, que geralmente é despejado junto ao lixo comum ou acumulado em casa, e também chamar atenção do poder público para o problema.
De acordo com o empresário Afrânio Miranda, as lojas da Miranda na Avenida Prudente de Morais e no Partage Shopping Mossoró deverão permanecer como ponto de coleta de lixo eletrônico, para produtos comercializados pela empresa, por tempo indeterminado.
"É importante que hajamos no sentido de promover ações que possam tentar diminuir os danos do lixo eletrônico ao meio ambiente, pois o Brasil é atualmente o campeão em produção desse tipo de lixo na América Latina e ainda não possui uma política pública de descarte adequada", afirma.
Para se ter uma ideia, os potiguares são responsáveis pela produção de 5 mil toneladas de lixo eletrônico por ano, desses, apenas 0,5% recebem o destino correto, segundo dados da Natal Reciclagem. No Brasil, conforme relatório da ONU, somente durante o ano de 2014 foram produzidos 1,4 milhão de toneladas de resíduos eletrônicos.
Segundo Afrânio, o lixo eletrônico possui alguns materiais como chumbo, mercúrio, cádmio e arsênio que são prejudiciais à saúde humana e não devem ser acumulados em casa e nem descartados junto ao lixo comum.
"Somente o celular possui de 500 a 1000 substâncias químicas, algumas altamente poluentes. Esses aparelhos vêm sendo substituídos cada vez mais rápido pelo consumidor e não existe por parte do governo uma preocupação em onde esses antigos vão parar, apesar de o lixo eletrônico crescer 3 vezes mais do que o lixo comum e ser altamente prejudicial", explica.
Com informações da Assessoria