01 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:23
POLÍCIA
Cezar Alves, da Redação
24/06/2016 09:19
Atualizado
12/12/2018 22:01

Dez juízes de Natal analisam processo contra policiais presos em Mossoró

"A possível ação de grupos de extermínio é uma situação que justifica essa atuação coletiva dos juízes?, explica o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, através da assessoria, ao Mossoró Hoje
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As ações contra os cinco policiais e o civil presos na operação “Os Intocáveis”, em Mossoró, pela acusação de fazerem parte de um grupo de extermínio, estão sendo analisadas por uma junta de 10 juízes de Natal. A confirmação é do procurador-geral de Justiça, promotor Rinaldo Reis.

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Rinaldo Reis justificou o fato deste caso ser analisado por dez juízes:

“A Legislação permite que, em determinados tipos de processos, seja formada uma comissão de juízes para julgar os acusados e todos os pedidos formulados no curso do processo. A possível ação de grupos de extermínio é uma situação que justifica essa atuação coletiva dos juízes”.

Na operação “Os Intocáveis” foram conduzidos coercitivamente os policiais militares Alex José de Oliveira, Edimar Gomes da Silva, Paulo César da Silva, Allan George de Menezes, e Renixon Felício da Silva, além do civil Ítalo Ross Soares Carvalho.

Nas casas dos suspeitos investigados foram apreendidas pelos policiais da Força Nacional armas de fogo, munições, telefones celulares, dinheiro e equipamentos eletrônicos. Sobre estas apreensões foi explicado que havia armas ilegais e o responsável foi autuado.

Após a condução coercitiva dos policiais, o advogado Gilmar Fernandes, representando a associação dos policiais, disse que iria analisar o caso a fundo quando tomasse conhecimento do conteúdo das acusações e pedir a liberdade imediata dos policiais.

Nesta quinta-feira, 23, o procurador-geral Rinaldo Reis disse que até aquele presente momento não havia pedidos de habeas corpus.

Sobre o protesto nas ruas de Mossoró e as notas fortes nas redes sociais e veículos de comunicação sobre a forma espetaculosa como aconteceu a operação e a própria prisão dos suspeitos, o procurador-geral de Justiça Rinaldo Reis foi ponderado.

“Entendo que não cabe a policiais militares estarem fazendo protesto contra uma atuação da Justiça e da própria Secretaria de Segurança Pública”, disse Rinaldo Reis, que já havia adiantado na entrevista coletiva que “Não está autorizado nenhum agente público agir como justiceiro”.

Os policiais presos na operação “Os Intocáveis” estão recolhidos numa repartição do Batalhão de Bope, em Natal. A detenção provisória serve para os investigadores, no caso Polícia Civil, Força Nacional e Ministério Público Estadual, conduzir oitivas, analisar documentos relacionados aos 14 homicídios que estão investigando que os 5 policiais e civil teria envolvimento direto.

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