O Ministério Público disponibilizou, na íntegra, a denúncia oferecida ao juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Natal, relacionada a funcionários “fantasmas” da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Entre as denunciadas, está Hilneth Maria Correia Santos, colunista social, que teria recebido, segundo o MP, quase R$ 500 mil sem trabalhar.
Em trechos das conversas telefônicas interceptadas pelo Ministério Público, fica claro, conforme relato do Ministério Público, que Hilnetn não comparecia ao local de trabalho, “como também revela a postura de servidor de alto escalão, o secretário-geral Augusto Viveiros, que orienta a adoção de prática que dificulte a comprovação de que a subalterna seria servidora ‘fantasma’ do Legislativo estadual”.
Confira alguns trechos:
CAMILLE: (..) Jeferson me deu ideia de dobrar meus dias de trabalho pra num...".
HILNETH: " Eu sei, você já num tinha me dito?" CAMILLE: " Pronto".
HILNETH: " E outra, faltar uma sexta-feira num é nada demais lá".
CAMILLE: " É, mas é uma sexta e uma segunda, que eu vou chegar cansada. Trabalhar na terça, né?"
HILNETH: " Num tem...besteira, uma sexta e uma segunda, custa nada pra aquele povo que não faz nada".
CAMILLE: " Pois é... ".
Transcrição: Hilneth entra em contato com HNI (chamando-o por filho) reclamando que ele não atende. HNI informa que estava tentando falar com uma pessoa para consertar uma máquina da sanduicheria. Comentam sobre chuvas na cidade até 02min12s, quando Hilneth diz:
HILNETH: "...e ai tudo em paz?"
HNI: "tudo, só estou estressado com essa máquina, que quebrou de novo."
HILNETH: "eu hoje fui pra...., pra Assembleia, amanhã tô de novo, então agora de manhã eu tô indo para Assembleia,
HNI: "tá indo de manhã é?"
HILNETH: "tô, mas não preciso ficar lá o tempo todo."
HNI: "é, mas o negócio é o povo lhe ver, entendeu!" HILNETH: "... trecho não entendido... mas AUGUSTO disse olhe, procure vir, pelo menos... todo dia passe aqui... faz alguma coisa. Eles ficaram de mandar para mim a história da Assembleia, do memorial... trecho não entendido... para eu me inteirar do memorial..."
HNI: "hum!"
HILNETH: "...faça algum projeto do memorial."
HNI: "você está no viva voz é, porque a voz está bem longe."
HILNETH: "tô, tô no viva voz." HNI: "tá dirigindo né." HILNETH: "é, estou dirigindo ai tô no viva voz." HNI: "tá indo para Candelária?"
HILNETH: "não, estou chegando em casa, eu já não venho nessa direção."
HNI: "Ah! Tu já fez a Candelária né."
HILNETH: "Não, eu tô vindo da sanduicheria, quando eu venho para cá, eu não vejo o céu... de Candelária." HNI: "Ah! Entendi, certo."
Retornam a falar sobre o tempo, sobre confecção de sanduíches e depois desligam.
Confira
AQUI a íntegra da denúncia
Confira
AQUI os áudios da denúncia