Há exatamente um ano, a então presidenta da República, Dilma Rousseff, sofria o impeachment. Se era para "estancar a sangria", como sugeriu a gravação, não se sabe, o que certo é que de lá para cá, muita coisa mudou no país.
Foram 61 votos favoráveis e 20 contrários ao impeachment no Senado naquele 31 de agosto. Na Câmara, a abertura do processo de impeachment tinha sido aprovada por 367 votos a favor, 137 votos contra e 7 abstenções.
No mesmo dia, em pronunciamento no Palácio da Alvorada, Dilma Rousseff citou o ex-senador do PDT Darcy Ribeiro: "Não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A história será implacável com eles". Dilma classificou de “inequívoca eleição direta” a aprovação do impeachment pelos senadores, e garantiu que recorreria em todas as instâncias possíveis contra o que classificou como "fraude".
Relembre agora como votou a bancada potiguar no impeachment da presidenta.
SENADORES
Fátima Bezerra (PT): CONTRA O IMPEACHMENT
Garibaldi Alves Filho (PMDB): A FAVOR
José Agripino Maia (DEM): A FAVOR
DEPUTADOS FEDERAIS
Antônio Jácome (PTN): A FAVOR O IMPEACHMENT
Beto Rosado (PP): A FAVOR
Rafael Motta (PSB): A FAVOR
Felipe Maia (DEM): A FAVOR
Rogério Marinho (PSDB): A FAVOR
Walter Alves (PMDB): A FAVOR
Fábio Faria (PSD): A FAVOR
Zenaide Maia (PR): CONTRA
Justificativas dos deputados federais:
Ao fazer a declaração do voto, o deputado Antônio Jácome destacou que o país precisa de uma "nova ordem política e do fim da corrupção".
Beto Rosado disse que o partido a qual está filiado entendeu o sentimento das ruas e da bancada e fechou a questão a favor do afastamento de Dilma. Ele também disse que votou em nome do "povo de Mossoró, sua cidade natal".
Fábio Faria afirmou que o votou foi "pela união do Brasil, com fé nas instituições e pela retomada do crescimento".
Felipe Maia disse que o relatório pelo impeachment respeita a "Constituição e o ordenamento jurídico que regulamenta o crime de responsabilidade".
Rafael Motta afirmou que a "frustração de uma nação é o maior peso que parlamentar pode levar".
Rogério Marinho comentou que hoje há uma tentativa de doutrinar as crianças pela educação e uma destinação de recursos do Brasil a governos bolivianos.
O deputado Walter Alves destacou que o voto "sim" foi pela "esperança de dias melhores, em nome do povo do Rio Grande do Norte".
Para justificar o "não, Zenaide Maia disse que fez uma opção pelos avanços sociais e acrescentou que não considera o deputado Eduardo Cunha e o vice-presidente Michel Temer como soluções para o país.