Participando desde ontem no Rio de Janeiro da Conferência da OTC BRASIL - evento que reúne empresas do mundo inteiro envolvidas com produção de petróleo – o empresário Tião Couto criticou a desunião da classe política do Rio Grande do Norte que assistiu inerte a redução dos investimentos da Petrobras no Estado.
Tião cita como exemplo da letargia da nossa classe política, o fato de estados como Bahia e Sergipe que produzem bem menos petróleo que o RN estarem hoje com 26 sondas de produção em atividade, enquanto o RN que já teve 23 sondas e hoje só conta com 5. “Lá eles brigaram, criaram barreiras para impedir que a Petrobras reduzisse os investimentos, aqui, todos assistiram calados”, queixou-se o empresário.
Considerando o que poderia ter sido feito para evitar a situação no RN, Tião diz que faltou um processo de transição: “o que aconteceu aqui no RN é que a Petrobras simplesmente foi indo embora e deixando para trás milhares de empregos e de empresas que ficaram a ver navios", disse Tião Couto.
"O que deveria ter ocorrido era a transição, na medida em que a Petrobras fosse reduzindo seus investimentos, fosse também negociando a transferência dos campos de produção para outros grupos privados e com condições de manter a atividade, assim, nossa economia não seria tão abalada”, acrescenta.
Ao participar na OTC BRASIL de palestras com o ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho e com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, Tião Couto inteirou-se sobre a política em gestação no Brasil que envolve as questões do licenciamento do pré-sal, o acesso ao mercado e as mudanças regulatórias que estão existindo no Brasil.