A candidatura de Carlos Eduardo Alves, do PDT, ao Governo do Estado sofreu um 'golpe' nesta terça-feira, 14. O principal cabo eleitoral de Alves, o prefeito de Caicó, Batata (PSDB) foi preso e afastado no cargo durante a operação Tubérculo, do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).
No dia 10 de julho deste ano, o prefeito de Caicó, município localizado no Seridó potiguar, anunciou seu apoio a candidatura de Carlos Eduardo a governador do Estado. "Prefeito de Caicó, Batata (PSDB), acaba de bater o martelo e declara seu apoio a nossa pré-candidatura ao Governo do Estado", escreveu o ex-prefeito de Natal na legenda de foto em que os dois aparecem juntos. Na mesma foto, aparece ainda o vereador de Caicó Lobão Filho (MDB) que também foi preso e afastado do cargo nesta terça-feira pelo MPRN.
Em entrevista à Rede Globo, Robson de Araújo, conhecido popularmente como Batata, disse que está tranquilo com a situação e que até ficou surpreso com sua prisão. Ele contou também que R$ 35 mil foram apreendidos pelo MP e pela Polícia em sua casa, além de alguns cheques. Disse que o dinheiro seria usado para pagar uma dívida do carro. Porém, o prefeito terá que explicar ao Ministério Público a origem dos valores e não o destino deles.
Batata e o vereador Lobão estão sendo acusados de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, associação criminosa e dispensa indevida de licitação. A investigou que resultou no afastamento e prisão dos dois começou na Operação Cidade Luz, que apurou desvios na iluminação pública na Prefeitura de Natal.
Com a prisão de Batata, o vice Marcos "Manhoso" deve ser empossado como prefeito de Caicó ainda hoje.