O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgou uma carta nesta sexta-feira (24) em que afirma que os estados não vão exigir prescrição médica para a vacinação de crianças contra a Covid19.
Na quinta-feira (23), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, afirmou que o ministério recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
No dia 16 de dezembro, a vacinação desse público com o imunizante da Pfizer foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão de estado responsável pela palavra final em relação à liberação de vacinas.
Entretanto, até o momento o Ministério da Saúde não adotou medidas para iniciar a aplicação da vacina em crianças. Ao invés disso, anunciou a realização de uma consulta pública para ouvir a sociedade a respeito da imunização desse público.
A consulta pública foi aberta hoje e está prevista para ficar até 2 de janeiro. Especialistas afirmam que essa etapa é inédita no processo e que vai atrasar ainda mais a imunização infantil.
Antes de abrir a consulta, diretores do ministério se reuniram com opositores da vacinação infantil. O presidente Jair Bolsonaro também já manifestou diversas vezes contra a vacinação.
"Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos. E é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá e vocês estarão protegidos", diz a carta assinada por Carlos Eduardo de Oliveira Lula, presidente do Conass.