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SAÚDE
Da redação
08/11/2015 14:35
Atualizado
13/12/2018 06:10

Motoristas de caminhões fecham a BR 304 saída pra Natal; Querem saída da Dilma

Mossoroense Ivar Luiz Schmidt, do Comando Nacional dos Transportes, reclama que a pauta apresentada durante a paralisação de fevereiro não foi atendida; veja VÍDEO com a convocação de Ivar
Cézar Alves

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a BR 304 continua interditada na tarde desta segunda-feira (09). Mais cedo, os caminhoneiros atearam fogo em pneus e impediram a circulação na via.

Pelo local, apenas carros de passeio conseguiam circular através de uma via lateral. Caminhões estavam impedidos. O protesto realizado pelos caminhoneiros pede a renúncia da presidente Dilma.

A BR 101 em Parnamirim, também foi interdida. Ao todo, 11 estados e o Distrito Federal registraram manifestações.

O mossoroense líder do movimento, Ivar Schmidt, informou que o protesto não tem hora pra acabar, no entanto, em conversa com a reportagem do Mossoró Hoje, o inspetor Aliatá Gibson informou que a via deve ser liberada por volta das 12h desta segunda. As manifestações acontecem em 11 Estados brasileiros.

Aos longos das últimas semanas, o mossoroense Ivar Schmidt convocou os motoristas de caminhões de todo o Brasil, através do Comando Nacional do Transporte, a fazer greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, dia 9 de novembro. Principal pauta é a renúncia da presidenta Dilma Roussef.

Em Mossoró, a paralisação aconteceu na saída da BR 304 saída para Natal. Ivar Luiz, presidente do Comando Nacional de Transportes reafirmou que a principal pauta é a renúncia da presidenta Dilma. Segundo ele, não existe mais cenário para suportar o aumento do diesel e o valor do frete.

A convocação foi feita em vídeo, gravado num celular, por Ivar Schmidt.

A ideia de Ivar Schmidt é atingir todo o País, porém não revela uma pauta nova de reinvindicações. Avisa que a lista é a mesma de fevereiro de 2015, quando os motoristas pararam em todo o País, gerando problemas sérios de logística, ameaças de desabastecimentos e terminou em março após confronto com a Força Nacional.

O Jornal Zero Hora destacou que os líderes do movimento admitem ter uma "aliança" com grupos anti-Dilma como Vem Pra Rua, Brasil Livre, Avança Brasil e Revoltados On Line, os mesmos que demonstraram apoio a Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, acusado de abastecer contas milionárias na Suíça com propinas que recebe no Brasil.

Ainda conforme o Jornal Zero Hora, “A ideia é deslocar parte dos veículos, sobretudo do Distrito Federal e de Goiás, para Brasília até o próximo dia 15. Os caminhoneiros pretendem se juntar a manifestantes que estão acampados na capital federal para pressionar pelo impeachment ou pela renúncia da presidenta Dilma Roussef”.


Ministro diz que greve dos caminhoneiros busca desgaste politico do governo


O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse hoje (9) que os caminhoneiros em greve não apresentaram uma pauta de reivindicações e que a paralisação tem como objetivo o desgaste político do governo.

Segundo ele, o governo da presidenta Dilma Rousseff respeita as manifestações e está aberto ao diálogo, mas não recebeu uma pauta para negociação. A greve dos caminhoneiros começou hoje de manhã em alguns estados.

“No nosso entender, essa é uma greve que atinge pontualmente algumas regiões do país e, infelizmente, um movimento que tem se caracterizado com uma aspiração única de desgaste político do governo. Se tivermos uma pauta de reivindicação, como tivemos em outros momentos, o governo sempre estará aberto ao diálogo. Agora, uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo, ela vai de encontro aos interesses da sociedade brasileira”, disse Edinho Silva em entrevista no Palácio do Planalto.

O ministro  participou de manhã da reunião semanal de coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff e os líderes do governo no Congresso Nacional. Ele informou que o assunto não foi discutido no encontro, que teve como tema principal a necessidade de aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso.

De acordo com Edinho Silva, a greve não busca melhorias para a categoria. Ele disse esperar que os caminhoneiros coloquem em primeiro lugar os interesses da sociedade, que é prejudicada com a paralisação. “Você não pode apresentar uma pauta onde o centro seja o desgaste do governo. Uma greve geralmente vem com questões econômicas, sociais, geralmente ela é propositiva. Mesmo quando  trata de questões políticas, é propositiva. Nunca vi uma greve onde o único objetivo é gerar desgaste ao governo. Penso que é uma paralisação que, portanto, que não busca melhorias para a categoria".  Esperamos que aqueles que estão envolvidos nessa mobilização possam colocar acima de qualquer outra questão o interesse da sociedade”.

*Informações da Agência Brasil

Matéria atualizada às 12h07

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