Quarenta anos depois, a Universidade Federal Rural do Semi-árido voltará a receber o maior encontro de pesquisadores de moluscos da América Latina. O Encontro Nacional de Malacologia foi confirmado para acontecer em 2017 na Ufersa, em data ainda a ser definida pela organização.
O evento, que é uma ação da Sociedade Brasileira de Malacologia (SBMA), é realizado a cada 2 anos e reúne sempre grandes malacólogos, que são os pesquisadores na área de moluscos.
O anúncio da Ufersa como sede oficial do evento em 2017 veio no encontro desse ano no Rio de Janeiro. A professora do curso de Engenharia de Pesca, Inês Xavier Martins, foi quem recebeu a missão de trazer o evento para Mossoró por decisão dos sócios da SBMA. Agora a docente se prepara para coordenar as atividades que devem agregar cerca de 300 pesquisadores do Brasil e de toda América Latina.
Segundo Inês, apenas 3 cidades do Nordeste conseguiram sediar esse encontro: Recife (PE), Fortaleza (CE) e Mossoró (RN). O município potiguar já recebeu o evento em 1977 por intermédio do pesquisador Henry Ramos Matthews, professor da então Escola Superior de Agricultura de Mossoró – ESAM e sócio-fundador da SBMA. O encontro de 2017 também terá esse cunho comemorativo para marcar os 40 anos do primeiro encontro da área realizado na cidade.
A professora Inês Martins frequenta os congressos de malacologia desde 1989 e fala que o encontro de Mossoró abordará temas científicos, de saúde pública – já que há moluscos envolvidos em saúde e alimentação para o homem – e temas ainda relacionados ao artesanato por populações que vivem em regiões costeiras.
“Esse evento é de grande importância para os profissionais e estudantes ufersianos e outras instituições de ensino potiguar, que desenvolvem trabalhos com moluscos. Diversos cursos da nossa instituição, entre eles, Engenharia de Pesca, Ecologia, Agronomia e Biotecnologia, serão beneficiados com palestras, minicursos, mesas redondas e apresentação de artigos envolvendo animais de cultivo, pragas agrícolas, vetores de doenças, uso de moluscos com bioindicadores ambientais e práticas de ensino. Esperamos que este encontro venha a contribuir mais ainda na divulgação das atividades de pesquisa, ensino e extensão desenvolvidos no âmbito da Ufersa e reafirmar nossa instituição como referência em malacologia do Nordeste”, finalizou a professora Inês.