O mossoroense Marcos Aurélio Pereira de Moura, de 34 anos, é a sétim a vítima identificada do rompimento das barragens Fundão e Santarém, da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP.
A informação oficial foi divulgada pelo Corpo de Bombeiros em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, nesta sexta-feira (13). O corpo foi identificado por familiares por volta das 14h.
Marcos trabalhava na empresa Produquímica, terceirizada da mineradora. O enterro será no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP), provavelmente neste sábado (14).
O mossoroense já morava há muito tempo em São Paulo, onde constitui família e casou-se com Lira Medinas, em 2012.
Pelas redes sociais, familiares e amigos de Marcos Moura relataram a dor da perda. No Facebook, a mãe de Marcos, Neta Pereira diz "Aviso a todos os meus amigos e familiares, que foi encontrado o corpo do meu filho, é trise mas hoje esta é a realidade".
Também pelo Facebook, a esposa Lira Medinas relata, "Essa é uma das nossas fotos que mais gosto, pela alegria em nossos rostos... Estou recebendo td o amor e oração de tds, incrível o número de msgs que tenho recebido, só tenho a agradecer, muito obrigada".
Outros dois corpos, ainda não relacionados oficialmente à tragédia, aguardam identificação. Dezoito pessoas são consideradas desaparecidas, de acordo com o último boletim divulgado pela Prefeitura de Mariana.
O corpo de Moura foi encontrado no limite entre as cidades de Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce, nesta quinta-feira (12) e foi identificado pela esposa no necrotério de Mariana.
No dia 5 deste mês, as duas barragens se romperam, despejando 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água. O distrito de Bento Rodrigues foi destruído e centenas de pessoas ficaram desabrigadas. A lama alcançou outros distritos de Mariana, como Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além da cidade de Barra Longa. Os rejeitos no Rio Doce afetaram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.
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