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SAÚDE
Da redação
16/11/2015 07:24
Atualizado
13/12/2018 02:52

Polícias da França e Bélgica identificam mentor dos atentados em Paris

Com origens marroquinas, Abdelhamid Abaaoud passou a ser considerado nos últimos meses o maior recrutador de europeus para lutar na Síria.
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A polícia francesa, com auxílio de autoridades belgas, identificou nesta segunda-feira (16), o mentor da operação terrorista em Paris. O suspeito é Abdelhamid Abaaoud, de 28 anos e nascido em Moleenbeek, periferia de Bruxelas.

Com origens marroquinas, o jovem passou a ser considerado nos últimos meses o maior recrutador de europeus para lutar na Síria. Segundo investigações, Abbaoud teria organizado e financiado os atentados em Paris, na última sexta-feira (13).

Na Bélgica, o terrorista já foi condenado a 20 anos de prisão por envolvimento em outros atentados.

Há alguns meses, uma célula terrorista comandada por Abaaoud foi desmantelada, mas ele conseguiu escapar do cerco policial e teria viajado para a Síria, onde arquitetou o atentado na França.

Em julho, o cérebro da operação teria simulado sua própria morte. Usando as redes sociais, ele distribuiu fotos de seu corpo supostamente morto na Grécia. Contudo, a polícia logo identificou que as mensagens eram falsas.

Em um vídeo postado na internet, Abaaoud declara seu radicalismo e sua intenção de matar. "Por toda minha vida, vi o sangue muçulmano ser derramado. Eu rezo para que Alá rompa as costas daqueles que se opõem a Ele, seus soldados e seus admiradores e que Ele os extermine", disse o terrorista.

Investigação em curso
Sete pessoas estão sob custódia na Bélgica suspeitos de ligações com os ataques e um mandado de captura internacional foi emitido para um franco-belga que estaria envolvido nos ataques e que ainda está foragido.

A polícia francesa emitiu um aviso de procurado e foto de Salah Abdeslam, 26 anos, e alertou o público a não se aproximar dele.

Um de seus irmãos, Brahim Abdeslam, 31 anos, foi identificado por uma fonte judicial francês como o homem-bomba que se explodiu no Boulevard Voltaire.

Outro homem-bomba foi nomeado como Bilal Hadfi, 20 anos, um dos três que atacou o Stade de France. Ele disse ter lutado com Estado Islâmico na Síria.

O primeiro terrorista identificado foi Omar Ismail Mostefai, um cidadão francês.

Um alto funcionário turco disse que as autoridades do seu país identificou Mostefai como um possível "suspeito de terrorismo", em outubro do ano passado, e notificou as autoridades francesas em dezembro e novamente em junho.

O funcionário disse que a Turquia não tinha resposta da França até depois dos atentados de Paris quando solicitava informações sobre Mostefai.

O Ministério Público de Paris disse que Mostefai teria sido sinalizado como tendo laços com o extremismo islâmico, há cinco anos.

O analista de Segurança Charlie Winter disse ao The Independent que Abaaoud apresenta o perfil de terrorista que poderia planejar o ataque.

Ele disse ao jornal: "Ele é exatamente o tipo de pessoas que você poderia esperar para planejar algo assim. Ele é capaz de tentar qualquer coisa para planejar um ataque envolvendo múltiplos terroristas, múltiplos alvos e várias armas."

"Desde os ataques em Paris, um total de 23 pessoas foram presas e 31 armas foram apreendidas. Laptops, discos rígidos, telefones, um lançador de foguetes têm sido apreendido", afirmou o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve.

Ele também disse que a polícia havia realizado 168 operações de busca e apreensão durante a noite e 104 pessoas tenham sido colocados sob prisão domiciliar.

 

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