23 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:25
SAÚDE
Cezar Alves
28/03/2023 17:40
Atualizado
28/03/2023 18:10

SESAP caminha para 4 meses sem repassar recursos para manter hospital da PM em Mossoró

O HRPMM foi reaberto durante visita da própria governadora Fátima Bezerra no início de 2022. Os recursos, na ordem de R$ 890 mil/mês, não foram repassados pela SESAP para APAMIM, que administra a unidade, em dezembro de 2022, janeiro e fevereiro de 2023, somando uma dívida de 2,57 milhões. A preocupação maior é que o mês de março já está no final, concretizando o quarto mês pagamento e os servidores do HRPMM não estão mais aceitando entrar na escala para trabalhar. Temem não receber.
O HRPMM foi reaberto durante visita da própria governadora Fátima Bezerra no início de 2022. Os recursos, na ordem de R$ 890 mil/mês, não foram repassados pela SESAP para APAMIM, que administra a unidade, em dezembro de 2022, janeiro e fevereiro de 2023, somando uma dívida de 2,57 milhões. A preocupação maior é que o mês de março já está no final, concretizando o quarto mês pagamento e os servidores do HRPMM não estão mais aceitando entrar na escala para trabalhar. Temem não receber.

O Hospital Regional da Polícia Militar em Mossoró, novamente, corre sério risco de fechar por falta de repasse financeiro regular da Secretaria Estadual de Saúde. Faltam os repasses de dezembro de 2022, janeiro e fevereiro de 2023, que somados chegam a R$ 2,57 milhões.

O HRPMM foi reaberto no início de 2022 pela Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM), com recursos da Prefeitura Municipal de Mossoró e do Governo do Estado. O acordo foi selado com o Ministério Público Estadual.

A Prefeitura entrou com 30% e o Governo do Estado com 70%. O objetivo era atender os pacientes acometidos com Covid19 na região oeste do Rio Grande do Norte. Foram instalados 20 leitos de Enfermaria e 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A própria governadora Fátima Bezerra veio pessoalmente visitar as instalações, para se concretizar a reabertura oficial do Hospital da PM em Mossoró.

Quando a covid19 recuou, o HRPMM passou a cuidar de pacientes do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), que está superlotado. Sem pacientes convid19, desapareceu a base legal para que a Prefeitura Municipal de Mossoró continuasse custeando os 30%.

Com o recuo da Prefeitura, o Governo do Estado fechou a UTI do HRPMM, apesar de existir mais de 20 pacientes em fila por UTI em Mossoró. O Secretario Estadual de Saúde, Cipriano Maia, explicou que havia aberto leitos em Pau dos Ferros, Mossoró, Apodi e Assu.

Mesmo assim, não fez o repasse para a APAMIM, sendo necessário esta instituição acionar a Justiça, considerando o convênio assinado com a preposição do Ministério Público Estadual e homologado em juízo, para que os recursos fossem bloqueados.

Mesmo assim, há cerca de 30 dias, por falta de repasse, quase o HRPMM fechou. Na época, a direção geral da APAMIM informou que sem os recursos, os servidores não aceitam colocar seus nomes nas escalas, por não conseguir continuar trabalhando sem receber pelos serviços já prestados. O mesmo está acontecendo nos dias atuais. Com a pressão política e da população, a SESAP informou que o hospital da PM de Mossoró ficaria aberto.

O Governo do Estado não repassa os recursos na ordem de 890 mil/mês desde dezembro. Atualmente, o HRPMM funciona com 30 leitos de enfermaria, em apoio ao HRTM. A Unidade está lotada, assim como se encontram lotados todas alas do HRTM.

O MOSSORO HOJE pediu informações ao Governo do Estado, a respeito da situação, no início da manhã, porém, até o final da tarde desta terça-feira, 28, não obteve resposta. A direção geral da APAMIM confirmou que os servidores do HRPMM estão no limite.


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