O escritor italiano Umberto Eco, autor do clássico "O Nome da Rosa", entre outros, morreu nesta sexta (19), aos 84 anos. A informação foi confirmada pela família do escritor ao jornal italiano La Repubblica. Polêmico, Eco afirmou que as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis.
Semiólogo, filósofo, escritor e professor universitário, Umberto Eco nasceu em 5 de janeiro de 1932 na cidade de Alexandria, na região italiana do Piemonte.
Contrariando o desejo do pai de que se tornasse advogado, Eco estudou filosofia e literatura na Universidade de Turim, de onde se tornou professor. Também foi editor de cultura da RAI, emissora estatal italiana. Em 1956, lançou seu primeiro livro "Il Problema Estetico di San Tommaso" (não editado no Brasil).
Em 1988 fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino.
Sua obra de maior sucesso, "O Nome da Rosa", foi publicado em 1980 e adaptado para o cinema em 1986 por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery no papel principal.
O livro lhe rendeu o Prémio Strega, em 1981, e foi sua estreia na ficção. Entre outras obras de destaque de Eco estão títulos como "O Pêndulo de Foucault", "A Ilha do Dia Antes", "Baudolino", A" Misteriosa Chama da Rainha Loana" e "O Cemitério de Praga".
Umberto Eco também é autor de importantes obras e ensaios acadêmicos, como Apocalípticos e Integrados (1964), que se tornou referência na literatura de cursos de comunicação.
Seu último livro, "Número Zero", foi lançado em 2015. Eco, que lecionou entre outras, nas universidades norte-americanas de Yale e Harvard, assim como no Collège de France, é autor de uma vasta bibliografia teórica e é autor, entre outros, de "O Signo", "Os Limites da Interpretação", "Kant e o Ornitorrinco", "Seis Passeios no Bosque da Ficçã"o e "Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas".
Desde 2008, Eco era professor emérito e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha. Em 2014, o escritor recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A universidade brasileira foi a 40ª a conceder o título ao intelectual italiano e a primeira instituição do país.
Com informações Agência Brasil