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SAÚDE
Da redação
19/05/2016 07:42
Atualizado
12/12/2018 22:50

Embarcação grega localiza peças no mar que podem ser do avião da EgyptAir

A informação foi confirmada por diversos meios de comunicação na Europa e do Egito. Os pedaços que aparentemente são de plástico estão na mesma área do desaparecimento da aeronave
CNN Espanhol

Uma fragata grega em busca do avião desaparecido da EgyptAir encontrou dois grandes objetos flutuando em uma região do mar a 230 milhas ao sul da ilha de Creta nesta quinta-feira, disseram fontes da Defesa da Grécia.

Leia também: Presidente Francês confirma queda de avião da EgyptAir

Os dois objetos parecem ser peças de plástico nas cores vermelho e branco. Elas foram vistas próximo de uma área onde um sinal de transponder foi emitido mais cedo, disseram as fontes.

A televisão estatal grega ERT noticiou informação similar, dizendo que dois objetos "de cor laranja" foram localizados na mesma área.

O voo da EgyptAir de Paris ao Cairo desapareceu dos radares pouco depois de deixar o espaço aéreo grego, e minutos depois de entrar no espaço aéreo egípcio.



Terrorismo
Vários cenários podem explicar o desaparecimento hoje (19) do avião A320, da Egyptair, que fazia a ligação entre Paris e a cidade do Cairo, mas especialistas dizem que um ataque terrorista é o mais provável. A França e o Egito têm sido recentemente alvos dos extremistas islâmicos.

De acordo com o site da Rede CNN, em sua versão em espanhol, é que a queda da aeronave egípcia realmente teria acontecido por um ato terrorista. "Pela mudança brusca na rota, onde o avião girou 90º a esquerda e logo em seguida, 360º à direita, é provável que os prováveis terroristas estivessem dentro da gabine do avião", informou o ministro da aviação do Egito.

Em outubro, o grupo fundamentalista Estado Islâmico reivindicou o ataque a um avião A321 da companhia russa Metrojet, que caiu no deserto do Sinai quando fazia o trecho entre a estância turística de Sharm el-Sheikh e São Petersburgo, matando 224 passageiros e a tripulação.

Argumentos
Segundo peritos, as possibilidades de uma avaria mecânica no caso do desaparecimento hoje do voo MS804 da EgyptAir são poucas. “Uma falha técnica grave – a explosão de um motor, por exemplo – parece improvável”, disse o especialista em aeronáutica Gérard Feldzer, destacando que o A320 em questão era “relativamente novo”, porque vinha voando desde 2003.

Trata-se de “um avião moderno, o acidente ocorreu em pleno voo em condições extremamente estáveis. A qualidade da manutenção e do avião não estão em causa neste acidente”, reforçou Jean-Paul Troadec, antigo diretor do Gabinete de Inquéritos e Análises para a segurança da aviação civil de França.

Troadec assinalou ainda que a EgyptAir “é uma companhia que está autorizada” a voar na Europa e “não está na lista negra”.

Os peritos consideram igualmente improvável que o avião tenha sido atingido do solo, como foi o caso do voo 17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia em julho de 2014, ou do mar, como ocorreu em julho de 1988 quando a marinha norte-americana fez explodir por engano um avião de passageiros da Iran Air.

O avião da Egyptair desapareceu a cerca de 130 milhas náuticas da ilha grega de Karpathos, o que o coloca fora do alcance dos lança-mísseis portáteis utilizados por vários grupos combatentes no Oriente Médio.

“Não podemos excluir a possibilidade de ter sido atingido por engano por outro avião, mas provavelmente já saberíamos”, disse Feldzer, adiantando que a região ao norte do Egito, incluindo as costas de Israel e da faixa de Gaza, é “uma das mais vigiadas do mundo, também por satélite”.

Se for determinado que se trata de uma bomba [que causou a tragédia], a questão para os investigadores será como é que o dispositivo foi levado para um avião que decolou do aeroporto mais movimentado da França, o Charles de Gaulle, em Paris, onde o alerta de segurança é elevado desde os ataques terroristas do ano passado na capital francesa.

“A primeira coisa a fazer é recuperar destroços que nos darão algumas indicações sobre o acidente, se houve uma explosão, pode haver talvez vestígio de explosivos", disse Troadec.

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