Os pacientes tratados com quimioterapia no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) estão sendo atendidos normalmente. A informação foi confirmada pelo diretor do Centro, Cure Medeiros.
“A Prefeitura tinha um débito em atraso de dois meses, efetuou o pagamento de um mês e estamos aguardando o novo repasse. Com esse pagamento, priorizamos a compra de medicamentos, com isso a quimioterapia dos pacientes está acontecendo normalmente. Mas ainda aguardamos o novo repasse para regularizar a folha de pagamento e reativar o Pronto Socorro”, explicou Cure.
Já o Governo do Rio Grande do Norte ainda não sinalizou para o pagamento do montante em aberto. “O Estado ainda tem débito referente a parcela do mês de dezembro do ano passado e outros mais recentes”, acrescentou o diretor do Centro de Oncologia.
A assistente social Aila Medeiros, paciente do Centro de Oncologia, utilizou suas redes sociais para confirmar que o atendimento está normalizado. “Tomando remédio e agradecendo a Deus, a equipe médica, a atenção especial e o empenho do prefeito Francisco José Júnior que tem se mostrado como pessoa pública preocupado com o bem estar e a saúde dos pacientes. Escrevo aqui porque meu compromisso é com a verdade!”, disse.
Segundo Cure Medeiros, o maior problema referente à oncologia na cidade não é necessariamente o atraso nos repasses pela Prefeitura ou Governo, mas sim a ausência do plus, complementação financeira paga pela Secretaria Estadual de Saúde aos anestesiologistas e cirurgiões de Natal, mas que não contempla Mossoró.
“Somente de plus, Natal recebe do Governo cerca de R$ 6 milhões por mês, e um Mossoró nenhum tostão. É preciso que a sociedade se uma em busca desse benefício também para a cidade, porque se não ficará inviável a continuidade do serviço no nosso município”, alerta Cure Medeiros.
Prefeitura de Mossoró já repassou cerca de R$ 3 milhões ao COHM em 2016
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura de Mossoró já repassou, entre janeiro e abril desse ano, cerca de R$ 3 milhões ao Centro de Oncologia e Hematologia.
Sobre o atraso referente ao mês de maio, a Secretaria explicou que o Sistema Único de Saúde tem até 60 dias após para efetivar o repasse ao prestador de serviço.
A Secretaria de Saúde destaca ainda que apenas 30% dos pacientes atendidos pelo COHM são de Mossoró, mas que somente a cidade subsidia esse serviço, uma vez que os demais municípios praticam a chamada “ambulancioterapia”, enviando pacientes para serem atendidos em Mossoró sem arcar com essas despesas.